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Não lembro de nada, disse motorista de Porsche após acidente; veja VÍDEO de câmera de PM

'A gente estava saindo da festa e a gente ia para a minha casa jogar sinuca, aí do nada aconteceu um acidente horrível e aconteceu isso. Eu não lembro mais de nada', disse.

Por Isabella Menon | 25/04/2024 | Tempo de leitura: 3 min
da Folhapress

Reprodução/Polícia Civil

As imagens também mostram Fernando perguntando diversas vezes onde está seu amigo Marcus Vinicius Rocha.
As imagens também mostram Fernando perguntando diversas vezes onde está seu amigo Marcus Vinicius Rocha.

Após o acidente que causou a morte do motorista de aplicativo Ornaldo da Silva Viana, 52, o empresário Fernando Sastre de Andrade Filho, 24, afirmou para policiais no local que não se lembrava do que tinha acontecido.

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Imagens de câmeras corporais dos agentes mostram o jovem ao lado da mãe, Daniela Cristina de Medeiros Andrade, por volta das 3h do dia 31 de março. Os dois tentam deixar o local, mas são impedidos por uma policial militar que afirma que precisa "qualificar" o jovem antes de liberá-lo. "Não pode tirar ele daqui assim", afirma.

A PM pergunta a outro colega se ele possui equipamento para teste de bafômetro no local, e o policial responde que não tem.

Questionado sobre o que tinha acontecido, Fernando diz: "A gente estava saindo da festa e a gente ia para a minha casa jogar sinuca, aí do nada aconteceu um acidente horrível e aconteceu isso. Eu não lembro mais de nada".

Nas imagens, a mãe aparece ao lado do empresário e pede que ele seja liberado para ir ao hospital. "Pelo amor de Deus, moça. Se ele tiver batido a cabeça, cada minuto conta", diz.

As imagens também mostram Fernando perguntando diversas vezes onde está seu amigo Marcus Vinicius Rocha, 22, que estava no banco do passageiro e se feriu no acidente. "O Marcus está bem?", pergunta, e é informado que Marcus foi levado para o hospital.

"Pode ir?", pergunta a mãe após os questionamentos da polícia sobre o que havia acontecido. Os policiais concordam e liberam a família. "Vamos, Fernando", diz ela.

Fernando é então retirado do local do acidente no carro da mãe sob a alegação de que seria levado para atendimento no hospital São Luiz, sem passar pelo teste do bafômetro.

Ao chegarem à unidade Anália Franco do hospital, porém, os PMs foram informados de que Fernando não havia dado entrada no pronto-socorro, nem em qualquer outro endereço da rede hospitalar. Os policiais disseram que então tentaram contato por telefone com a mãe e o investigado, que não atenderam as ligações.

Fernando só se apresentou à Polícia Civil mais de 30 horas após a batida "a fim de afastar indícios de embriaguez", segundo parecer da promotora Monique Ratton, da 6ª Promotoria de Justiça da Primeira Vara do Júri da Capital. Para o Ministério Público, a mãe de Fernando tentou atrapalhar as investigações.

"O que denota que os envolvidos agiram de forma a tentar se furtar da aplicação da lei penal já tendo desrespeitado solicitações policiais durante o momento do flagrante do crime, trazendo prejuízos à investigação, o que demonstra que não houve pedido arbitrário ou ilícito de prisão no caso", continua.

Após o início das investigações do caso, Fernando foi indiciado e teve o pedido de prisão preventiva emitido solicitado três vezes pela polícia. O terceiro pedido aconteceu nesta quarta-feira (25), após o inquérito do caso ter sido concluído. Ele foi indiciado pelos crimes de homicídio com dolo eventual, fuga do local e lesão corporal.

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