O encontro contou com participação de criadores e produtores de leite, desde a microprodução familiar até pecuária de grande porte, associações de produtores, líderes de assentamentos rurais, representantes de órgãos públicos e autarquias estaduais do setor do agronegócio, de sindicato de categoria e servidores municipais da SMDA.

Participantes levantaram questionamentos diversos, como novas taxas governamentais e possibilidade de implantação de leis de incentivo, redução ou subsidio; posicionamento do Estado frente ao Mercosul e importações de leite; práticas de cartórios consideradas abusivas ou ilegais e fiscalização dos mesmos. A representante de cooperativa de Leite Baixo Tietê, de Birigui, Maria Celeste, destacou necessidade de apoio técnico e consultoria, recuperação de pastagens, linhas de crédito e escolas técnicas.

Édson Fernandes apontou o esforço estadual diante das 440 mil propriedades rurais paulistas, das quais a maioria numérica é de pequenos produtores e citou propostas de melhorias, como estabelecer o Preço do Leita Paulista, a proteger o produtor no estado; apoio ao pequeno produtor com projetos pilotos em todo o estado, a cuidar da saneidade e manejo, bem como organização das propriedades e crédito para compra de gado, entre outras condições para maior produção e exportação de leite e produtos artesanais derivados, diminuindo a importação. Acrescentou, ainda, a criação das Rotas de Turismo Agro, iniciando com as cadeias de café, queijo, cachaça e frutas, além de reestruturação de restaurantes e pousadas.

Tratou também da ampliação do programa Viva Leite e reativação da Câmara Setorial do Leite, marcada para maio deste ano, com vistas a aumentar o contato com o Governo Federal e órgãos do setor.

Thomas Rocco, do Siran, destacou a importância das atuações locais e regionais do Senar (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural) e do Sebrae-SP (Apoio a Micro e Pequenas Empresas), além da parceria da Prefeitura de Araçatuba, por meio da SMDA.

Dindo, secretário de Governo e Agro de Araçatuba, remeteu à lembrança a criação do Serviço de Inspeção Municipal, de empenho comum entre prefeitura e setor privado de produção, comércio e serviços, resultando na desburocratização e dos serviços, além de valorizar a atuação das equipes da SMDA, CATI e demais órgãos atuantes no município.

“Muita coisa terá valor no futuro, mas o que mais vai ter valor serão água e comida, e o mundo não vai passar fome graças ao setor agro do Brasil, sendo São Paulo o estado com a maior diversidade de produção agrícola, setor responsável por 42% do PIB”, ilustrou o secretário executivo de Estado.