DESBLOQUEIO

Justiça libera imóveis e carros de Palocci bloqueados na Lava Jato

da Folhapress
| Tempo de leitura: 2 min
Arquivo/Agência Brasil
 Antonio Palocci ficou mais de dois anos preso no Paraná no bojo de ações penais da Lava Jato
Antonio Palocci ficou mais de dois anos preso no Paraná no bojo de ações penais da Lava Jato

A Justiça Federal suspendeu o bloqueio de imóveis e veículos do ex-ministro Antonio Palocci e de sua empresa, a Projeto Consultoria, que haviam sido confiscados durante a Operação Lava Jato.

A decisão foi assinada pelo juiz Danilo Pereira Júnior, da 13ª Vara Federal de Curitiba, em 21 de março. No documento, o juiz diz não haver mais qualquer obstáculo para o bloqueio dos bens.

"No processo criminal que teve curso perante a 10.ª Vara Federal de Brasília-DF, trancado por força de habeas corpus concedido de ofício pelo Supremo Tribunal Federal, o réu Antonio Palocci Filho obteve o levantamento de todos os bloqueios sobre seu patrimônio. Em vista da exclusão daquele processo, encontra-se removido qualquer potencial obstáculo ao integral cumprimento da decisão do juízo da 1.ª Zona Eleitoral de Brasília/DF", escreveu o juiz.

A reportagem procurou a defesa de Palocci, mas ainda não obteve retorno.

Palocci ficou mais de dois anos preso no Paraná no bojo de ações penais da Lava Jato. Chegou a ser condenado em 2017 por corrupção passiva e lavagem de dinheiro pelo então juiz Sergio Moro a mais de 12 anos de prisão, mas a sentença foi anulada pelo STJ (Superior Tribunal de Justiça) em 2021.

Os crimes, segundo a denúncia do Ministério Público Federal, envolviam contratos com a Odebrecht na construção das sondas da empresa Sete Brasil e o estaleiro Enseada do Paraguaçu, na Bahia. Palocci foi descrito pelo MPF (Ministério Público Federal) como "principal administrador da conta-corrente geral de propinas" entre a construtora e o PT.

Ele negava as acusações, mas depois acabou firmando um acordo de colaboração premiada com a Polícia Federal e pedindo desfiliação do PT.

Em 2017, Palocci afirmou em depoimento que Lula (PT) havia feito um "pacto de sangue" com a empreiteira Odebrecht. Na época, a defesa de Lula disse que Palocci falava "mentiras sem provas para tentar obter benefícios judiciais e sair da prisão".

Na sua delação, o ex-ministro abordou supostas irregularidades na Petrobras e em fundos de pensão nos governos Lula e Dilma Rousseff (PT), de quem também foi ministro.

Um dos principais capítulos da delação foi tornado público por Moro a menos de uma semana do primeiro turno da eleição de 2018, o que despertou críticas de petistas e aliados pela suposta interferência na campanha.

As autoridades da Lava Jato sempre disseram que não houve abusos na condução dos acordos de colaboração e na condução das investigações.

Fale com o Folha da Região!
Tem alguma sugestão de pauta ou quer apontar uma correção?
Clique aqui e fale com nossos repórteres.

Comentários

1 Comentários

  • Herói Nacional 10/04/2024
    Já vai poder pedir uma baita de uma indenização contra a União Federal e também vai poder escrever um livro a respeito e fazer um filme