Araçatuba

‘Vôlei Futuro’ volta como ‘Esporte Clube Futuro’ e retoma atividades

Por Redação | 28/08/2019 | Tempo de leitura: 5 min

PASSADO Segundo Reis, é momento de retornar a história e construir uma boa estrutura, caminhando para que, futuramente, alcance-se o nível de desempenho que o Vôlei Futuro possuía/Reprodução Internet
PASSADO Segundo Reis, é momento de retornar a história e construir uma boa estrutura, caminhando para que, futuramente, alcance-se o nível de desempenho que o Vôlei Futuro possuía/Reprodução Internet

"Uma ferramenta de desenvolvimento para diversos setores da sociedade". Esse é o objetivo do novo projeto, que carrega a história e legado do antigo Vôlei Futuro: transformar vidas em Araçatuba e região por meio do esporte.

Para entender como a ideia do projeto surgiu, Luis Henrique Reis, Presidente do Esporte Clube Futuro, conta que fez parte da gestão anterior como coordenador da parte de desempenho dos atletas. Ele mudou-se para Araçatuba em 2007, quando foi contratado para desenvolver o trabalho no Vôlei Futuro. Paulistano, Luis Henrique chegou ao interior com grande currículo de vitórias pela seleção brasileira feminina, vindo diretamente do Pan Americano, que aconteceu no Rio de Janeiro naquele ano.

Quando o Vôlei Futuro anunciou o fim da equipe, em 2013, por conta da falta de patrocínio, Luis já havia se instalado permanentemente em Araçatuba. Assim, continuou morando no município, sempre com a sensação de que havia um potencial desperdiçado no local. Até que, no ano passado, deu início a reuniões com os outros membros da gestão acerca da possibilidade de trazer a equipe de volta, mas com uma nova proposta: ampliar a abrangência do projeto, tanto no aspecto esportivo quanto social.

Junto a Luiz Nobre (Vice-presidente), Rodrigo Detoni (Presidente do Conselho), Dr. Célio Mori e Mário Zambon (membros do Conselho), Reis estabeleceu que a nova gestão implantará outras modalidades de esporte, como judô, basquete, natação, tênis de mesa, tudo trabalhando para chegar ao nível profissional. "Queremos trazer atletas novos, revelações na região, porque isso não acontece mais no Brasil. Claro, isso não é feito de uma hora para outra. Daqui um ano, quando tudo estiver mais concreto, a gente começa a pedir incentivos ao governo, para usar nas novas categorias de base e alavancar os novos esportes", explica o presidente.

Conforme explica Reis, esse processo caminhará devagar para os outros esportes, mas com o vôlei, será um pouco mais fácil, pois é o 2º esporte do país. "O vôlei é a forma mais rápida de trazer algo para a cidade, que está num momento difícil com a falta de emprego e sem atrações. Ninguém consegue respirar. É aí que o projeto entra para ser também um instrumento de melhora da economia da região".

O projeto está em andamento há quatro meses, quando começaram as reuniões com empresas em busca de patrocínio. "Vemos que, em função do momento de crise do país, o empresário se retrai, então é muito mais difícil fazer algo acontecer", analisa Reis, acrescentando que em razão desse obstáculo, a gestão decidiu traçar um plano diferente.

A intenção é ajudar pessoas com comércios menores, que querem crescer, mas não possuem muito dinheiro para investir. Para isso, disponibilizaram 15 vagas para empresas locais que serão os incentivadores do projeto, que são de extrema importância para sua realização efetiva. A expectativa é que essa parceria seja uma via de mão dupla, com a colaboração financeira das empresas no presente, para que no futuro elas cresçam e tenham um maior alcance de público.

"O mais importante desse projeto é que além do entretenimento e das questões sociais, queremos que essa administração seja mais parceira do patrocinador. Fazer com que ele participe de tudo, pois através do esporte conseguimos desenvolver diversas outras áreas, então temos que pensar no geral. Queremos que todos participem, para fortalecer Araçatuba e região", ressalta Reis.

LEGADO DO VÔLEI FUTURO
Segundo Reis, é momento de retomar a história e construir uma boa estrutura, caminhando para que, futuramente, alcance-se o nível de desempenho que o Vôlei Futuro possuía. "Queremos montar uma equipe que nos represente bem, que apresente um vôlei adequado, utilizando garotos da categoria juvenil com 4 ou 5 da equipe principal. Ter o mesmo Vôlei Futuro jogando bem, mesmo antes daquela jornada com Ricardinho, Leandro Vissotto e outros jogadores de alto nível".

Quanto à escolha do nome, o presidente explica que é uma maneira de prestigiar Araçatuba e todo o trabalho feito pela gestão anterior, mas o novo projeto não possuí nenhum vínculo com a administração antiga. "Estamos reestruturando, fizemos uma associação nova, começamos tudo de novo. Escolhemos continuar com esse nome que remete ao Vôlei Futuro como uma forma de demonstrar respeito por tudo que eles fizeram. E claro, também por Araçatuba, porque o nome sempre remeterá à cidade. Além do fato de a população ter colaborado para o sucesso da equipe com uma torcida maravilhosa".

O próximo passo é refazer a estrutura do Ginásio de Esportes Dr. Plácido Rocha, para estar dentro dos padrões da Federação Paulista de Volleyball, e então depois, começar as contratações de atletas e comissão técnica. A previsão é de que o ginásio esteja adequado até o início dos Jogos Regionais 2020, pois Araçatuba sediará o evento. De acordo com Reis, serão cerca de dois meses até o projeto ter disponibilidade financeira para começar as contratações e conversar com comissão técnica. Então, o esperado é que entre o final de 2019 e começo de 2020 aconteça a seleção de equipe e administração para disputar ligas e torneios no próximo ano.

TRABALHO SOCIAL
Com o projeto social, o clube pretende instalar 16 núcleos na cidade, dispostos em escolas, tanto públicas quanto privadas, além de pontos em bairros afastados. "Desejamos direcionar, principalmente, crianças que estão em situação de risco. Afastá-las das drogas, criminalidade e problemas em casa. O esporte proporciona muito mais do que ser um atleta, dá também a chance de se divertir, além da existência de diversas carreiras formadoras". O intuito é de que nesses núcleos sejam disponibilizadas refeições, atendimento dentário e outros serviços para as crianças e jovens participantes do projeto.

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