Pela primeira vez em 38 edições consecutivas, a Conjuntura Econômica de Rio Preto foi produzida com uma edição especial em inglês. O objetivo é estratégico: ampliar a vitrine da cidade para o mercado internacional.

“Com esse nível de informações e atualizações anuais, Rio Preto abre as portas para o desenvolvimento. Em visita recente, a conjuntura econômica foi apresentada para investidores chineses. Eles ficaram impressionados com o desempenho da cidade, mas só conseguiam interpretar os gráficos. Rio Preto sai na vanguarda novamente, ao traduzir o banco de dados para uma língua estrangeira”, destaca Kelvin Kaiser, presidente da Acirp, durante cerimônia de apresentação da 38ª edição da conjuntura na Prefeitura de Rio Preto.

Para Kaiser, que é também empresário, o mercado financeiro precisa de parâmetros para amparar as decisões sobre novos negócios. “O que não se mede, não se gerencia. Se a cidade não tem secretaria de desenvolvimento ou conjuntura econômica, eu não tenho segurança para investir porque não conheço o PIB, a renda, o potencial de consumo, nem as estruturas que a administração oferece”, explica.

O relatório mostra que Rio Preto tem o maior número de empresas desde 2018, com 86.452 estabelecimentos e predominância de negócios do setor de serviços. O dado reflete no número de admissões em emprego formal, que passou de 57.026 em 2018 para 77.875 no ano passado, um aumento de 36%.

Novas tecnologias

Criador do raio-x da atividade econômica, o secretário de Planejamento Estratégico, Orlando Bolçone, afirmou que o livro da conjuntura econômica do município atraiu, ao longo dos anos, empresas e indústrias, sobretudo no mercado de novas tecnologias.

“Não se trata de publicidade, mas de dados reais sobre a gestão de recursos. Um estudo tão importante que o governo do estado está mobilizando três universidades para, a partir do ano que vem, produzir a conjuntura econômica paulista. Isso vai fortalecer ainda mais os negócios no estado, que é a maior economia do país”, diz.

Sérgio Borges, diretor da Fatec, mencionou que os investimentos andam de mãos dadas com a mão de obra qualificada. “A chegada de novas empresas repercute na necessidade de formarmos profissionais capacitados para atender às novas demandas. Hoje temos 1,1 mil alunos e, no ano que vem, poderemos chegar a 2 mil. Vamos abrir licitação para construção de mais quatro salas e um auditório na universidade”, afirmou.

Envelhecimento

Em sua fala, o prefeito Edinho Araújo destacou que Rio Preto, que hoje tem 480.439 moradores, deve chegar a meio milhão de habitantes em 2.026. Ele chamou atenção para a necessidade de as próximas administrações planejarem a cidade para uma realidade que já bate à porta: a curva de envelhecimento da população. No ano 2000, a cidade tinha 8.719 munícipes com idade superior a 75 anos. Segundo projeção da Secretaria de Planejamento, em 2030 esse número será de 25.085.

“Todo governo precisa ter um propósito. Um guia, um norte a demonstrar à sociedade qual é o rumo que se dará a cidade. Uma síntese clara e objetiva do Programa de Governo, que alinha as diretrizes e as metas a serem alcançadas. Sem uma conjuntura, é grande o risco de desordem administrativa”, falou.

No lançamento da Conjuntura, o prefeito sancionou a emenda à Lei Orgânica do Município, aprovada pela Câmara de Vereadores, que estabelece a Conjuntura Econômica como documento balizador, ao lado de outras pesquisas, da definição das ações estratégicas, indicadores e metas de gestão.