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PELO BEM
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Profissionais da saúde de Rio Preto participam do projeto Voluntários do Sertão
Profissionais da saúde de Rio Preto participam do projeto Voluntários do Sertão
Na última semana, quatro profissionais embarcaram em um avião da Força Aérea Brasileira rumo à Barra do Choça, no interior da Bahia
Na última semana, quatro profissionais embarcaram em um avião da Força Aérea Brasileira rumo à Barra do Choça, no interior da Bahia
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Na última semana, quatro profissionais da saúde de Rio Preto embarcaram em um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) rumo à Barra do Choça, no interior da Bahia, na 20ª edição do projeto Voluntários do Sertão.
Implantado no ano 2000 em Ribeirão Preto, o Voluntários do Sertão é um mutirão de saúde que reúne profissionais voluntários e empresas parceiras para oferecer acesso gratuito à saúde em cidades do sertão brasileiro. Coordenados por especialidades, os voluntários realizam atendimentos, exames e até pequenas cirurgias nas áreas médica e odontológica. O projeto, que sofreu uma pausa de três anos em razão da pandemia, inclui distribuição de medicamentos e até consultoria jurídica para garantia de direitos sociais.
É a segunda vez que o dentista Rodrigo Caran Westin participa da ação que, nesta edição, foi realizada entre os dias 2 e 10 de setembro.
“O cenário que encontrei lá eu não vi nem em estudo na faculdade. Jovens de 12, 13 anos com os dentes permanentes destruídos. Pessoas sem o mínimo de informação sobre saúde bucal, que sequer têm escova de dente em casa. As mães pediam que extraíssemos os dentes dos filhos. A gente explicava que o ideal era restaurar, mas elas respondiam que não adiantava, porque depois não teriam como manter os cuidados”, relata.
Os atendimentos, segundo o dentista, são realizados em carretas equipadas com consultórios. “É um trabalho extenuante que começa às 7h da manhã e termina às 20h. A gente não tem coragem de fazer horário de descanso porque as pessoas dormem na fila, esperando por atendimento. Em um único dia foram distribuídas 240 senhas entre 13 dentistas”, afirma.
Outra rio-pretense a participar da experiência foi a otorrinolaringologista Geila Moreira, que levou à Bahia 100 aparelhos auditivos doados pela fabricante ReSound GN.
“As condições de saúde que um paciente SUS tem no estado de São Paulo não se comparam com a precariedade do interior do Nordeste. Atendi uma pessoa que estava há três anos surda e era apenas excesso de cera no ouvido. Muitos pacientes com insetos no ouvido. Levamos uma cabine de audiometria e, com o apoio de fonoaudiólogas, diagnosticamos surdez, instalamos os aparelhos auditivos e vimos muitas pessoas voltarem a ouvir”, diz.
Geila, que participa do projeto pela quarta vez, disse que a 20ª edição foi marcada pelo engajamento da população local. “Estávamos em um número menor de voluntários, mas conseguimos realizar praticamente a mesma quantidade de atendimentos graças aos moradores que se mobilizaram para nos ajudar de todas as formas possíveis, seja organizando as filas de espera, preparando comida. Eram quase 700 pessoas da cidade envolvidas”.
Rodrigo diz que o voluntariado é uma experiência transformadora. “Nos coloca a par da realidade social. Contribuir com dinheiro é importante, mas doar o nosso tempo, devolver o sorriso a uma pessoa é uma sensação maravilhosa de dever cumprido”, afirma.
“A gente chega em casa exausto e jura que não volta nunca mais. Uma semana depois, o cansaço passa e dá lugar a um sentimento de felicidade por fazer algo pelo próximo. Quem faz parte desse projeto volta para casa diferente, quer devolver à sociedade os privilégios que teve”, completa Geila.
Além deles, a fonoaudióloga Lívia Maria Daniel e a enfermeira Arlene Maria Lourenço Restanho também embarcaram na experiência.
Nesta edição foram realizados 56 mil procedimentos clínicos e ambulatoriais, 9 mil atendimentos em especialidades médicas e mais de 200 cirurgias. Participaram ginecologistas, pediatras, odontopediatras, oftalmologistas, cirurgiões, enfermeiros, nutricionistas e farmacêuticos.
Na última semana, quatro profissionais da saúde de Rio Preto embarcaram em um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) rumo à Barra do Choça, no interior da Bahia, na 20ª edição do projeto Voluntários do Sertão.
Implantado no ano 2000 em Ribeirão Preto, o Voluntários do Sertão é um mutirão de saúde que reúne profissionais voluntários e empresas parceiras para oferecer acesso gratuito à saúde em cidades do sertão brasileiro. Coordenados por especialidades, os voluntários realizam atendimentos, exames e até pequenas cirurgias nas áreas médica e odontológica. O projeto, que sofreu uma pausa de três anos em razão da pandemia, inclui distribuição de medicamentos e até consultoria jurídica para garantia de direitos sociais.
É a segunda vez que o dentista Rodrigo Caran Westin participa da ação que, nesta edição, foi realizada entre os dias 2 e 10 de setembro.
“O cenário que encontrei lá eu não vi nem em estudo na faculdade. Jovens de 12, 13 anos com os dentes permanentes destruídos. Pessoas sem o mínimo de informação sobre saúde bucal, que sequer têm escova de dente em casa. As mães pediam que extraíssemos os dentes dos filhos. A gente explicava que o ideal era restaurar, mas elas respondiam que não adiantava, porque depois não teriam como manter os cuidados”, relata.
Os atendimentos, segundo o dentista, são realizados em carretas equipadas com consultórios. “É um trabalho extenuante que começa às 7h da manhã e termina às 20h. A gente não tem coragem de fazer horário de descanso porque as pessoas dormem na fila, esperando por atendimento. Em um único dia foram distribuídas 240 senhas entre 13 dentistas”, afirma.
Outra rio-pretense a participar da experiência foi a otorrinolaringologista Geila Moreira, que levou à Bahia 100 aparelhos auditivos doados pela fabricante ReSound GN.
“As condições de saúde que um paciente SUS tem no estado de São Paulo não se comparam com a precariedade do interior do Nordeste. Atendi uma pessoa que estava há três anos surda e era apenas excesso de cera no ouvido. Muitos pacientes com insetos no ouvido. Levamos uma cabine de audiometria e, com o apoio de fonoaudiólogas, diagnosticamos surdez, instalamos os aparelhos auditivos e vimos muitas pessoas voltarem a ouvir”, diz.
Geila, que participa do projeto pela quarta vez, disse que a 20ª edição foi marcada pelo engajamento da população local. “Estávamos em um número menor de voluntários, mas conseguimos realizar praticamente a mesma quantidade de atendimentos graças aos moradores que se mobilizaram para nos ajudar de todas as formas possíveis, seja organizando as filas de espera, preparando comida. Eram quase 700 pessoas da cidade envolvidas”.
Rodrigo diz que o voluntariado é uma experiência transformadora. “Nos coloca a par da realidade social. Contribuir com dinheiro é importante, mas doar o nosso tempo, devolver o sorriso a uma pessoa é uma sensação maravilhosa de dever cumprido”, afirma.
“A gente chega em casa exausto e jura que não volta nunca mais. Uma semana depois, o cansaço passa e dá lugar a um sentimento de felicidade por fazer algo pelo próximo. Quem faz parte desse projeto volta para casa diferente, quer devolver à sociedade os privilégios que teve”, completa Geila.
Além deles, a fonoaudióloga Lívia Maria Daniel e a enfermeira Arlene Maria Lourenço Restanho também embarcaram na experiência.
Nesta edição foram realizados 56 mil procedimentos clínicos e ambulatoriais, 9 mil atendimentos em especialidades médicas e mais de 200 cirurgias. Participaram ginecologistas, pediatras, odontopediatras, oftalmologistas, cirurgiões, enfermeiros, nutricionistas e farmacêuticos.
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