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05 de junho de 2023
JULGAMENTO
JULGAMENTO
Acusado de matar Rafaela Bugati vai a júri nesta quinta em Rio Preto
Acusado de matar Rafaela Bugati vai a júri nesta quinta em Rio Preto
Defesa alega que o réu é inocente e vai usar tatuagens como prova
Defesa alega que o réu é inocente e vai usar tatuagens como prova
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Será realizado nesta quinta-feira, 18, o júri popular de Kesley Eduardo dos Santos, acusado de matar a tiros Rafaela Fernanda Bugati, aos 17 anos, em março de 2018. O homicídio teve grande repercussão em Rio Preto por estar inserido em uma rede de vingança relacionada a uma guerra entre bairros. Para a Polícia Civil, Rafaela atirou em duas pessoas para vingar a morte de um rapaz que amava e acabou morta a mando de uma das vítimas, que sobreviveu.
O crime, ocorrido na avenida Danilo Galeazzi, foi registrado por câmeras de segurança. As imagens mostram Rafaela correndo enquanto é perseguida por dois criminosos de moto, que invadem a contramão. O garupa atira várias vezes, até que a vítima cai na via.
As investigações, conduzidas pelo delegado Wander Solgon, da Divisão Especializada em Investigações Criminais (Deic), apontam que um adolescente de 17 anos pilotava a moto. Dias antes do crime, ele foi alvo de tiros em uma padaria do Jardim Paraíso.
Segundo a polícia, um Fiat Stillo preto passou em frente ao estabelecimento e o passageiro disparou contra o menor, mas um cliente foi atingido por engano. O carro tinha as mesmas características do veículo de Rafaela, que tinha prometido se vingar do adolescente por ele ter matado um rapaz com quem ela mantinha um relacionamento extraconjugal. O companheiro de Rafaela estava preso.
No mesmo ano, o adolescente apontado como piloto da moto foi processado e condenado a cumprir medida socioeducativa na Fundação Casa.
Para o delegado Solgon, o atirador é Kesley Eduardo. “Além de pertencer ao mesmo grupo do adolescente na guerra entre bairros, ele é amigo do rapaz preso com quem Rafaela era casada. As imagens obtidas apontam semelhanças entre Kesley e o autor dos disparos”, afirmou.
Rafaela foi morta logo após visitar o companheiro no Centro de Detenção Provisória (CDP). Por isso havia a suspeita de que o preso pudesse ser o mandante do crime. Mas a hipótese foi descartada pela Polícia Civil.
Kesley foi denunciado por homicídio duplamente qualificado por motivo torpe (vingança) e recurso que impossibilitou a defesa da vítima. Ele sempre negou o crime.
Tatuagens
O réu é representado pelos advogados Alex Sandro Cheiddi e Mário Guioto Filho, que vão pedir a absolvição por negativa de autoria. O principal argumento da defesa são as tatuagens de Kesley.
“O vídeo mostra que o atirador tem tatuagem no braço direito e o braço esquerdo em branco. Enquanto Kesley não tem tatuagens no braço direito e o braço esquerdo é todo desenhado. Inclusive há provas de que ele fez as tatuagens no braço esquerdo antes do crime. Afirmo de forma convicta que ele não cometeu esse crime”, disse Guioto.
A defesa trouxe ao processo testemunhas que acusam outras pessoas pela morte de Rafaela.
Outro fato controverso no processo é que a mãe da vítima é testemunha de defesa de Kesley. Ela não acredita que foi ele quem matou a filha e escreveu uma carta de próprio punho apontando buracos na investigação. Entre eles, a falta de resposta sobre quem ligou para a filha perguntando se ela iria no CDP e a identificação de um rapaz em atitude suspeita no velório da adolescente.
O promotor Gustavo Yamaguchi foi procurado, mas não se manifestou sobre o júri. O julgamento começa às 10h, no Fórum central de Rio Preto, e é aberto a população.
Será realizado nesta quinta-feira, 18, o júri popular de Kesley Eduardo dos Santos, acusado de matar a tiros Rafaela Fernanda Bugati, aos 17 anos, em março de 2018. O homicídio teve grande repercussão em Rio Preto por estar inserido em uma rede de vingança relacionada a uma guerra entre bairros. Para a Polícia Civil, Rafaela atirou em duas pessoas para vingar a morte de um rapaz que amava e acabou morta a mando de uma das vítimas, que sobreviveu.
O crime, ocorrido na avenida Danilo Galeazzi, foi registrado por câmeras de segurança. As imagens mostram Rafaela correndo enquanto é perseguida por dois criminosos de moto, que invadem a contramão. O garupa atira várias vezes, até que a vítima cai na via.
As investigações, conduzidas pelo delegado Wander Solgon, da Divisão Especializada em Investigações Criminais (Deic), apontam que um adolescente de 17 anos pilotava a moto. Dias antes do crime, ele foi alvo de tiros em uma padaria do Jardim Paraíso.
Segundo a polícia, um Fiat Stillo preto passou em frente ao estabelecimento e o passageiro disparou contra o menor, mas um cliente foi atingido por engano. O carro tinha as mesmas características do veículo de Rafaela, que tinha prometido se vingar do adolescente por ele ter matado um rapaz com quem ela mantinha um relacionamento extraconjugal. O companheiro de Rafaela estava preso.
No mesmo ano, o adolescente apontado como piloto da moto foi processado e condenado a cumprir medida socioeducativa na Fundação Casa.
Para o delegado Solgon, o atirador é Kesley Eduardo. “Além de pertencer ao mesmo grupo do adolescente na guerra entre bairros, ele é amigo do rapaz preso com quem Rafaela era casada. As imagens obtidas apontam semelhanças entre Kesley e o autor dos disparos”, afirmou.
Rafaela foi morta logo após visitar o companheiro no Centro de Detenção Provisória (CDP). Por isso havia a suspeita de que o preso pudesse ser o mandante do crime. Mas a hipótese foi descartada pela Polícia Civil.
Kesley foi denunciado por homicídio duplamente qualificado por motivo torpe (vingança) e recurso que impossibilitou a defesa da vítima. Ele sempre negou o crime.
Tatuagens
O réu é representado pelos advogados Alex Sandro Cheiddi e Mário Guioto Filho, que vão pedir a absolvição por negativa de autoria. O principal argumento da defesa são as tatuagens de Kesley.
“O vídeo mostra que o atirador tem tatuagem no braço direito e o braço esquerdo em branco. Enquanto Kesley não tem tatuagens no braço direito e o braço esquerdo é todo desenhado. Inclusive há provas de que ele fez as tatuagens no braço esquerdo antes do crime. Afirmo de forma convicta que ele não cometeu esse crime”, disse Guioto.
A defesa trouxe ao processo testemunhas que acusam outras pessoas pela morte de Rafaela.
Outro fato controverso no processo é que a mãe da vítima é testemunha de defesa de Kesley. Ela não acredita que foi ele quem matou a filha e escreveu uma carta de próprio punho apontando buracos na investigação. Entre eles, a falta de resposta sobre quem ligou para a filha perguntando se ela iria no CDP e a identificação de um rapaz em atitude suspeita no velório da adolescente.
O promotor Gustavo Yamaguchi foi procurado, mas não se manifestou sobre o júri. O julgamento começa às 10h, no Fórum central de Rio Preto, e é aberto a população.
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