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28 de maio de 2023
EM URGÊNCIA
EM URGÊNCIA
Câmara de Rio Preto aprova exigência de seguranças armados nas escolas
Câmara de Rio Preto aprova exigência de seguranças armados nas escolas
Proposta de Robson Ricci, que vale para unidades públicas e privadas, motivou discussões em Plenário
Proposta de Robson Ricci, que vale para unidades públicas e privadas, motivou discussões em Plenário
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A Câmara de Rio Preto aprovou nesta terça-feira, 16, projeto do vereador Robson Ricci (Republicanos) que torna obrigatória a implementação de segurança armada em escolas públicas e privadas de Rio Preto. A iniciativa foi apresentada na esteira de propostas semelhantes, após ataques recentes registrados em unidades de ensino do País, inclusive no Estado de São Paulo.
O projeto, que motivou discussões acaloradas no Legislativo, foi votado em urgência, com análise da legalidade e do mérito na mesma sessão, e agora segue para sanção ou veto do prefeito Edinho Araújo (MDB).
Na semana passada, a Câmara aprovou projeto de Anderson Branco (PL), que obriga a instalação de detectores de metais em escolas do município, e de Bruno Marinho (Patriota), que cria a Patrulha Escolar Municipal. Ambos os textos seguem em análise pelo governo Edinho, que pode vetar as propostas.
Crítica
O projeto de Ricci recebeu críticas do Sindicato dos Trabalhadores da Educação (Atem), que encaminhou mensagens por celular a todos os parlamentares para que votassem contra a iniciativa. A direção da Atem afirma que, se a iniciativa virar lei, irá entrar com ação no Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP).
Parte dos vereadores também criticou a proposta. "Colocar uma pessoa com arma desvirtua o ambiente. Ao invés de trazer segurança, traz insegurança. Para quê dar uma possibilidade de acontecer uma tragédia?", disse o vereador Jean Dornelas (MDB).
João Paulo Rillo (Psol) foi outro a criticar a iniciativa. "Na prática, vai transparecer uma falsa sensação de segurança. O projeto não tem viabilidade econômica, porque temos outras prioridades nas escolas. E não podemos ter uma visão distorcida da atividade escolar", afirmou.
O parlamentar do Psol ainda acrescentou: "As nossas escolas não têm sintomas, nem indicadores, nem em Rio Preto, nem em nenhum lugar do Brasil, que comprovem a necessidade de segurança armada". Segundo ele, "quanto mais armas, maior é a violência”. “Se tem segurança armado em escola, qualquer tensão pode resultar numa troca de tiros.”
Pedro Roberto (Patriota) também votou contra o projeto. "Recebi um pedido de professores para que a gente não aprove essa proposta", disse.
O vereador Odélio Chaves (PP) votou contra, seguindo parecer jurídico da Câmara, que apontou ilegalidade na iniciativa. Renato Pupo (PSDB) também colocou em xeque a legalidade do projeto e votou contra a iniciativa..
Defesa
Anderson Branco (PL) defendeu a proposta. "Estamos vivendo tempos difíceis. Quando éramos crianças, as escolas não tinham nem muro", disse. "Ficam com essa hipocrisia de falar que a escola vai virar cadeia. É melhor virar cadeia do que ter uma criança assassinada, um professor assassinado", completou.
O autor do projeto, Robson Ricci, defendeu a medida. O parlamentar lembrou que, antigamente, as escolas não tinham muros ao redor. "Atenção, vocês que fazem discurso de que eu estou a favor de escolas em formato de cadeia, desconstruam os muros de suas casas. É melhor prevenir do que chorar a morte de uma criança", afirmou sobre a necessidade da norma.
Parecer
O prefeito Edinho Araújo afirmou, por meio de sua assessoria, que irá pedir parecer sobre a iniciativa para decidir se irá vetar ou não a proposta. O parecer será elaborado pela Procuradoria-Geral do Município.
O secretário de Governo, Jair Moretti, declarou, logo após a votação, que a proposta deve ser vetada pelo Executivo. “Com certeza vai ser vetado. O projeto não tem lógica, é totalmente ilegal e interfere até em escolas da rede privada”, disse ele.
O que diz o projeto
A proposta determina que as escolas das redes pública e privada da educação básica de ensino tenham, obrigatoriamente, de contratar serviço de segurança armada para atuar nas questões de segurança interna.
O texto afirma ainda que o serviço deverá ser "especializado na prestação de vigilância e segurança patrimonial, ostensiva e armada", além de estipular que o serviço seja prestado 24 horas por dia, sete dias da semana.
Estabelecimentos de ensino com sistemas de monitoramento por câmeras poderão manter segurança armada apenas durante o período letivo. O texto ainda estipula prazo de 90 dias para as escolas cumprirem a regra, a partir da sanção da lei pelo prefeito. Apesar de estabelecer instalação obrigatória, o projeto não prevê multa em caso de descumprimento.
Votação
Votaram a favor Anderson Branco, Bruno Marinho (Patriota), Bruno Moura (Patriota), Celso Peixão (MDB), Diego Mahfouz (MDB), Francisco Júnior (União Brasil), Jorge Menezes (PSD), Julio Donizete (PSD), Robson Ricci (Republicanos), e Rossini Diniz (PL).
Votaram contra Jean Dornelas (MDB), João Paulo Rillo (Pso), Karina Caroline (Republicanos), Odélio Chaves (PP), Pedro Roberto (Patriota) e Renato Pupo (PSDB). O presidente da Câmara, Paulo Pauléra (PP), não vota.
A Câmara de Rio Preto aprovou nesta terça-feira, 16, projeto do vereador Robson Ricci (Republicanos) que torna obrigatória a implementação de segurança armada em escolas públicas e privadas de Rio Preto. A iniciativa foi apresentada na esteira de propostas semelhantes, após ataques recentes registrados em unidades de ensino do País, inclusive no Estado de São Paulo.
O projeto, que motivou discussões acaloradas no Legislativo, foi votado em urgência, com análise da legalidade e do mérito na mesma sessão, e agora segue para sanção ou veto do prefeito Edinho Araújo (MDB).
Na semana passada, a Câmara aprovou projeto de Anderson Branco (PL), que obriga a instalação de detectores de metais em escolas do município, e de Bruno Marinho (Patriota), que cria a Patrulha Escolar Municipal. Ambos os textos seguem em análise pelo governo Edinho, que pode vetar as propostas.
Crítica
O projeto de Ricci recebeu críticas do Sindicato dos Trabalhadores da Educação (Atem), que encaminhou mensagens por celular a todos os parlamentares para que votassem contra a iniciativa. A direção da Atem afirma que, se a iniciativa virar lei, irá entrar com ação no Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP).
Parte dos vereadores também criticou a proposta. "Colocar uma pessoa com arma desvirtua o ambiente. Ao invés de trazer segurança, traz insegurança. Para quê dar uma possibilidade de acontecer uma tragédia?", disse o vereador Jean Dornelas (MDB).
João Paulo Rillo (Psol) foi outro a criticar a iniciativa. "Na prática, vai transparecer uma falsa sensação de segurança. O projeto não tem viabilidade econômica, porque temos outras prioridades nas escolas. E não podemos ter uma visão distorcida da atividade escolar", afirmou.
O parlamentar do Psol ainda acrescentou: "As nossas escolas não têm sintomas, nem indicadores, nem em Rio Preto, nem em nenhum lugar do Brasil, que comprovem a necessidade de segurança armada". Segundo ele, "quanto mais armas, maior é a violência”. “Se tem segurança armado em escola, qualquer tensão pode resultar numa troca de tiros.”
Pedro Roberto (Patriota) também votou contra o projeto. "Recebi um pedido de professores para que a gente não aprove essa proposta", disse.
O vereador Odélio Chaves (PP) votou contra, seguindo parecer jurídico da Câmara, que apontou ilegalidade na iniciativa. Renato Pupo (PSDB) também colocou em xeque a legalidade do projeto e votou contra a iniciativa..
Defesa
Anderson Branco (PL) defendeu a proposta. "Estamos vivendo tempos difíceis. Quando éramos crianças, as escolas não tinham nem muro", disse. "Ficam com essa hipocrisia de falar que a escola vai virar cadeia. É melhor virar cadeia do que ter uma criança assassinada, um professor assassinado", completou.
O autor do projeto, Robson Ricci, defendeu a medida. O parlamentar lembrou que, antigamente, as escolas não tinham muros ao redor. "Atenção, vocês que fazem discurso de que eu estou a favor de escolas em formato de cadeia, desconstruam os muros de suas casas. É melhor prevenir do que chorar a morte de uma criança", afirmou sobre a necessidade da norma.
Parecer
O prefeito Edinho Araújo afirmou, por meio de sua assessoria, que irá pedir parecer sobre a iniciativa para decidir se irá vetar ou não a proposta. O parecer será elaborado pela Procuradoria-Geral do Município.
O secretário de Governo, Jair Moretti, declarou, logo após a votação, que a proposta deve ser vetada pelo Executivo. “Com certeza vai ser vetado. O projeto não tem lógica, é totalmente ilegal e interfere até em escolas da rede privada”, disse ele.
O que diz o projeto
A proposta determina que as escolas das redes pública e privada da educação básica de ensino tenham, obrigatoriamente, de contratar serviço de segurança armada para atuar nas questões de segurança interna.
O texto afirma ainda que o serviço deverá ser "especializado na prestação de vigilância e segurança patrimonial, ostensiva e armada", além de estipular que o serviço seja prestado 24 horas por dia, sete dias da semana.
Estabelecimentos de ensino com sistemas de monitoramento por câmeras poderão manter segurança armada apenas durante o período letivo. O texto ainda estipula prazo de 90 dias para as escolas cumprirem a regra, a partir da sanção da lei pelo prefeito. Apesar de estabelecer instalação obrigatória, o projeto não prevê multa em caso de descumprimento.
Votação
Votaram a favor Anderson Branco, Bruno Marinho (Patriota), Bruno Moura (Patriota), Celso Peixão (MDB), Diego Mahfouz (MDB), Francisco Júnior (União Brasil), Jorge Menezes (PSD), Julio Donizete (PSD), Robson Ricci (Republicanos), e Rossini Diniz (PL).
Votaram contra Jean Dornelas (MDB), João Paulo Rillo (Pso), Karina Caroline (Republicanos), Odélio Chaves (PP), Pedro Roberto (Patriota) e Renato Pupo (PSDB). O presidente da Câmara, Paulo Pauléra (PP), não vota.
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