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28 de maio de 2023
APOSTAS
APOSTAS
Clubes da região tentam evitar que atletas se envolvam em esquemas de apostas esportivas
Clubes da região tentam evitar que atletas se envolvam em esquemas de apostas esportivas
Entre as táticas estão, a assinatura de termo de responsabilidade e a inclusão de cláusula em regimento interno
Entre as táticas estão, a assinatura de termo de responsabilidade e a inclusão de cláusula em regimento interno
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Para não levarem “cartão vermelho”, clubes de futebol da região de Rio Preto estão adotando táticas para evitar que jogadores se envolvam nos esquemas de manipulação de resultados envolvendo apostas esportivas. Entre as “jogadas” estão desde a assinatura de termo de responsabilidade e a inclusão de cláusula em regimento interno até palestras com especialistas para ensinar como agir caso sejam abordados.
A preocupação dos times não é a toa. As denúncias investigadas pelo Ministério Público de Goiás envolvem clubes da Série A do Brasileirão, mas clubes regionais já tiveram problemas com suspeitas de fraude. Em 2020, o Barretos Esporte Clube (BEC) foi multado em R$ 25 mil pela Federação Paulista de Futebol (FPF), após parte do elenco entregar jogo e o time perder por 4 a 0, no Campeonato da Série A3, num esquema de favorecimento de aposta em site eletrônico.
Um dos times a adotar medida preventiva foi o Rio Preto Esporte Clube, com adição de item no regime interno da agremiação salientando que é proibido que jogadores e até familiares deles se envolvam em apostas.
O presidente do Jacaré, José Eduardo Rodrigues, resolveu tomar a medida por suspeita de que o time já tenha sido alvo de manipulação. “Em 2020 e 2022, perdemos partidas por conta da atitude atípica de alguns atletas, mas não adotamos nenhuma providência na época, porque não conseguimos prova. Queremos evitar isso a todo custo”, afirma. Em janeiro deste ano, o elenco recebeu um representante do Sindicato dos Atletas de SP, diplomado pela Interpol, para fazer palestra sobre o risco da máfia das apostas.
Em 2021, o presidente do América, Luiz Donizete Prieto, o Italiano, registrou um boletim de ocorrência após a partida entre Rubro e Inter de Bebedouro pela segunda rodada da quarta divisão do futebol paulista. Na ocasião, ele teria desconfiado do comportamento de alguns atletas do time na derrota de virada para o time de Bebedouro. O caso ainda está em investigação na Polícia Civil.
Desde então, o dirigente afirma que todos os atletas contratados pelo clube precisam assinar um termo para isentar o clube de qualquer responsabilidade neste tipo de situação e também retirar os direitos do jogador em caso de envolvimento com manipulação.
Formado em direito, o presidente do Barretos, Julio Samara, defende que todo clube adote uma medida preventiva, porque a agremiação esportiva também pode ser punida. “Durante o processo na Justiça Desportiva, fomos questionados sobre o que tínhamos feito para evitar o envolvimento dos atletas com apostadores. O clube precisa ter um documento para provar que alertou seus profissionais”, afirma o presidente.
Denúncia
Novorizontino e Mirassol dizem que não adotaram cláusulas contratuais para impedir envolvimento em apostas, mas fizeram reuniões com o elenco para que orientação. A principal ação é comunicar a diretoria em caso de ser contatado por fraudadores.
Atenção
O presidente do Clube Atlético Votuporanguense, Edilberto Fiorentino, o Caskinha, conta que estar atento ao vestiário e ter proximidade com os atletas é uma boa forma de evitar essas situações. O mandatário do CAV não esconde a preocupação com o tema. “Se tem tantos jogadores de Série A envolvidos, onde os salários são muito maiores, imagina como isso pode afetar as divisões menores”, disse Caskinha.
(Colaborou Sergio Torqueti)
Para não levarem “cartão vermelho”, clubes de futebol da região de Rio Preto estão adotando táticas para evitar que jogadores se envolvam nos esquemas de manipulação de resultados envolvendo apostas esportivas. Entre as “jogadas” estão desde a assinatura de termo de responsabilidade e a inclusão de cláusula em regimento interno até palestras com especialistas para ensinar como agir caso sejam abordados.
A preocupação dos times não é a toa. As denúncias investigadas pelo Ministério Público de Goiás envolvem clubes da Série A do Brasileirão, mas clubes regionais já tiveram problemas com suspeitas de fraude. Em 2020, o Barretos Esporte Clube (BEC) foi multado em R$ 25 mil pela Federação Paulista de Futebol (FPF), após parte do elenco entregar jogo e o time perder por 4 a 0, no Campeonato da Série A3, num esquema de favorecimento de aposta em site eletrônico.
Um dos times a adotar medida preventiva foi o Rio Preto Esporte Clube, com adição de item no regime interno da agremiação salientando que é proibido que jogadores e até familiares deles se envolvam em apostas.
O presidente do Jacaré, José Eduardo Rodrigues, resolveu tomar a medida por suspeita de que o time já tenha sido alvo de manipulação. “Em 2020 e 2022, perdemos partidas por conta da atitude atípica de alguns atletas, mas não adotamos nenhuma providência na época, porque não conseguimos prova. Queremos evitar isso a todo custo”, afirma. Em janeiro deste ano, o elenco recebeu um representante do Sindicato dos Atletas de SP, diplomado pela Interpol, para fazer palestra sobre o risco da máfia das apostas.
Em 2021, o presidente do América, Luiz Donizete Prieto, o Italiano, registrou um boletim de ocorrência após a partida entre Rubro e Inter de Bebedouro pela segunda rodada da quarta divisão do futebol paulista. Na ocasião, ele teria desconfiado do comportamento de alguns atletas do time na derrota de virada para o time de Bebedouro. O caso ainda está em investigação na Polícia Civil.
Desde então, o dirigente afirma que todos os atletas contratados pelo clube precisam assinar um termo para isentar o clube de qualquer responsabilidade neste tipo de situação e também retirar os direitos do jogador em caso de envolvimento com manipulação.
Formado em direito, o presidente do Barretos, Julio Samara, defende que todo clube adote uma medida preventiva, porque a agremiação esportiva também pode ser punida. “Durante o processo na Justiça Desportiva, fomos questionados sobre o que tínhamos feito para evitar o envolvimento dos atletas com apostadores. O clube precisa ter um documento para provar que alertou seus profissionais”, afirma o presidente.
Denúncia
Novorizontino e Mirassol dizem que não adotaram cláusulas contratuais para impedir envolvimento em apostas, mas fizeram reuniões com o elenco para que orientação. A principal ação é comunicar a diretoria em caso de ser contatado por fraudadores.
Atenção
O presidente do Clube Atlético Votuporanguense, Edilberto Fiorentino, o Caskinha, conta que estar atento ao vestiário e ter proximidade com os atletas é uma boa forma de evitar essas situações. O mandatário do CAV não esconde a preocupação com o tema. “Se tem tantos jogadores de Série A envolvidos, onde os salários são muito maiores, imagina como isso pode afetar as divisões menores”, disse Caskinha.
(Colaborou Sergio Torqueti)
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