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31 de março de 2023

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Favela Marte será a primeira do Brasil a ser regularizada e virar bairro

Favela Marte será a primeira do Brasil a ser regularizada e virar bairro

A história da favela começou em 2014, quando uma família de dez pessoas, vinda do Maranhão para trabalhar em Rio Preto, invadiu uma área no bairro Vila Itália

A história da favela começou em 2014, quando uma família de dez pessoas, vinda do Maranhão para trabalhar em Rio Preto, invadiu uma área no bairro Vila Itália

Por Rone Carvalho | 18/03/2023 | Tempo de leitura: 2 min
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Por Rone Carvalho
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18/03/2023 - Tempo de leitura: 2 min

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Obras de construção das primeiras moradias na Favela Marte, em Rio Preto

Foi o preço alto do aluguel, as dificuldades financeiras e o desemprego que levaram Karine Santos Pimenta, 30 anos, a morar na Favela Marte. “Estava passando por muitas dificuldades e não tinha como pagar aluguel. Foi quando descobri a favela e consegui um espaço.”

Assim como ela, outras 240 famílias fizeram um caminho similar de se mudar para a antiga favela da Vila Itália devido às dificuldades econômicas, mas que, nos próximos meses, terão a oportunidade de realizar um sonho antigo: o da casa própria. “A expectativa é a melhor possível, só a gente que morou na favela sabe o que passamos. Digo que essa regularização da favela é uma proposta de Deus nas nossas vidas”.

A história da favela começou em 2014, quando uma família de dez pessoas, vinda do Maranhão para trabalhar em Rio Preto, invadiu uma área no bairro Vila Itália.

Com o poder de compra dos brasileiros cada vez mais reduzido, a favela deu um salto entre 2015 e 2018 e chegou a ter 500 moradores. Ao mesmo tempo em que crescia, o poder público tentava a todo custo na Justiça tirar as famílias do local, enquanto a Defensoria Pública pleiteava um espaço adequado para os moradores que não tinham para onde ir.

A luta somente terminou em 2021, quando a organização não-governamental Gerando Falcões, em parceria com o Instituto Valquírias World, apresentou ao prefeito Edinho Araújo o projeto de regularizar o local, por meio de uma parceria entre o poder público e a iniciativa privada. Era o fim da favela da Vila Itália e o início da Favela Marte, a primeira do Brasil a ser regularizada.

“Saber que daqui a alguns meses eu vou ter água encanada em casa chega a ser emocionante. Para tomar banho, a gente usava uma água em que entrava cachorro. Hoje, vejo como Deus foi misericordioso, permitindo que a gente não fosse contaminado”, lembra Karine.

Quem também está na expectativa de pegar a chave da casa própria é Maria Dione Alves de Freitas, 36 anos. “Passamos por muita dificuldade, mas nunca desistimos de lutar”, ressaltou.

Para a construção das 240 casas, estão sendo investidos no projeto R$ 58 milhões, sendo R$ 28 milhões do governo do Estado, R$ 15 milhões da Prefeitura e R$ 15 milhões arrecadados pela ONG Gerando Falcões com a iniciativa privada.

A Favela Marte será a primeira a ter placas solares e a ser totalmente autossustentável na geração de energia elétrica no Brasil. Os equipamentos de instalação serão custeados pelo Banco BV e o Meu Financiamento Solar. As casas também serão entregues aos moradores com eletrodomésticos.

Atualmente, Karine e Maria Dione estão em imóveis alugados, bancados pela ONG Gerando Falcões, até que as novas residências fiquem prontas.

“Eu não vejo a hora de chegar o dia de pegar a chave da minha casa própria e dar um lar digno para a minha filha”, diz Karine. “Eu espero voltar para uma favela desenvolvida, digital e digna. Uma favela que seja amostra para o mundo de que é possível, sim, acabar com a pobreza”, completou Maria Dione.

Foi o preço alto do aluguel, as dificuldades financeiras e o desemprego que levaram Karine Santos Pimenta, 30 anos, a morar na Favela Marte. “Estava passando por muitas dificuldades e não tinha como pagar aluguel. Foi quando descobri a favela e consegui um espaço.”

Assim como ela, outras 240 famílias fizeram um caminho similar de se mudar para a antiga favela da Vila Itália devido às dificuldades econômicas, mas que, nos próximos meses, terão a oportunidade de realizar um sonho antigo: o da casa própria. “A expectativa é a melhor possível, só a gente que morou na favela sabe o que passamos. Digo que essa regularização da favela é uma proposta de Deus nas nossas vidas”.

A história da favela começou em 2014, quando uma família de dez pessoas, vinda do Maranhão para trabalhar em Rio Preto, invadiu uma área no bairro Vila Itália.

Com o poder de compra dos brasileiros cada vez mais reduzido, a favela deu um salto entre 2015 e 2018 e chegou a ter 500 moradores. Ao mesmo tempo em que crescia, o poder público tentava a todo custo na Justiça tirar as famílias do local, enquanto a Defensoria Pública pleiteava um espaço adequado para os moradores que não tinham para onde ir.

A luta somente terminou em 2021, quando a organização não-governamental Gerando Falcões, em parceria com o Instituto Valquírias World, apresentou ao prefeito Edinho Araújo o projeto de regularizar o local, por meio de uma parceria entre o poder público e a iniciativa privada. Era o fim da favela da Vila Itália e o início da Favela Marte, a primeira do Brasil a ser regularizada.

“Saber que daqui a alguns meses eu vou ter água encanada em casa chega a ser emocionante. Para tomar banho, a gente usava uma água em que entrava cachorro. Hoje, vejo como Deus foi misericordioso, permitindo que a gente não fosse contaminado”, lembra Karine.

Quem também está na expectativa de pegar a chave da casa própria é Maria Dione Alves de Freitas, 36 anos. “Passamos por muita dificuldade, mas nunca desistimos de lutar”, ressaltou.

Para a construção das 240 casas, estão sendo investidos no projeto R$ 58 milhões, sendo R$ 28 milhões do governo do Estado, R$ 15 milhões da Prefeitura e R$ 15 milhões arrecadados pela ONG Gerando Falcões com a iniciativa privada.

A Favela Marte será a primeira a ter placas solares e a ser totalmente autossustentável na geração de energia elétrica no Brasil. Os equipamentos de instalação serão custeados pelo Banco BV e o Meu Financiamento Solar. As casas também serão entregues aos moradores com eletrodomésticos.

Atualmente, Karine e Maria Dione estão em imóveis alugados, bancados pela ONG Gerando Falcões, até que as novas residências fiquem prontas.

“Eu não vejo a hora de chegar o dia de pegar a chave da minha casa própria e dar um lar digno para a minha filha”, diz Karine. “Eu espero voltar para uma favela desenvolvida, digital e digna. Uma favela que seja amostra para o mundo de que é possível, sim, acabar com a pobreza”, completou Maria Dione.

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