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20 de março de 2023

ANIVERSÁRIO

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Economia baseada na agricultura faz Talhado preservar costumes de vila

Economia baseada na agricultura faz Talhado preservar costumes de vila

O som dos pássaros, o tradicional coreto e a capela de São Sebastião contrastam com os inúmeros prédios encontrados no perímetro urbano

O som dos pássaros, o tradicional coreto e a capela de São Sebastião contrastam com os inúmeros prédios encontrados no perímetro urbano

Por Da Redação | 2 dias atrás | Tempo de leitura: 2 min
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Por Da Redação
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2 dias atrás - Tempo de leitura: 2 min

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Praça arborizada do distrito de Talhado, em Rio Preto, conta com coreto e inúmeras histórias

Ao chegar a Talhado, é difícil imaginar que o bairro faz parte de Rio Preto. O som dos pássaros, o tradicional coreto e a capela de São Sebastião contrastam com os inúmeros prédios encontrados no perímetro urbano.

A economia baseada na agricultura faz Talhado remeter a uma vila do início do século 20, que a todo custo tenta preservar as tradições e costumes da roça. “Meus pais vieram para trabalhar nas lavouras locais e nunca mais saímos daqui. Eu tenho muito orgulho de morar em Talhado, gosto muito. Foi aqui que criei meus filhos com meu falecido esposo, José Ronda, que era muito querido por todos”, diz Ana Mendes Ronda, de 75 anos.

Conhecida como uma das moradoras mais antigas do bairro, dona Ana destaca a tranquilidade e a amizade com os vizinhos como fatores para não abandonar o distrito. “Poder criar os filhos, netos e bisnetos à vontade, com eles podendo circular por todo o bairro, não tem preço.”

Em Talhado, as atrações para se divertir não são boates, shoppings centers ou cinema. A tradição é jogar conversa fora no bar da dona Sebastiana. “Poder conversar com os amigos e voltar para casa tranquila é o que me faz não sair daqui. Talhado é meu cantinho de felicidade”, completa dona Ana.

Pesquisadores ouvidos pelo Diário contam que a história de Talhado começou em 1903, quando uma fazenda também chamada de Talhado começa a abrigar um povoado. Porém, a região somente foi oficializada como distrito de Rio Preto em 1944.

“A formação de Talhado se deu no entorno da Capela de São Sebastião. O local era reconhecido pelo seu potencial agrícola e chegou a ter três máquinas de arroz em funcionamento no mesmo período”, conta Ronaldo Adriano de Oliveira, 41 anos, subprefeito do distrito.

Apesar de Talhado não ter conseguido o desmembramento de Rio Preto e tornar-se um município, como Ipiguá, em 1993, suas características próprias fazem muitos moradores ainda tratarem o distrito como cidade.

“Digo que Talhado é uma ‘cidade’ tranquila, com bastante qualidade de vida, tranquilidade e de fácil acesso a Rio Preto”, diz Marcelo Tomeatti Caetano, presidente da Cooperativa dos Produtores Rurais de Rio Preto – instalada em Talhado devido a seus dois fundadores serem do distrito: João Romildo e Luís Cardoso.

Perfil

Localizado a 15 quilômetros de Rio Preto, Talhado possui uma população majoritariamente de pessoas com idades entre 35 e 74 anos, que preservam histórias do bairro mais rural de Rio Preto, como a do cemitério construído em 1946 para enterrar rio-pretenses menos afortunados.

É assim que, por mais que os anos tenham se passado e a industrialização tenha tomado conta das cidades, Talhado continua sendo uma exceção dentro da maior cidade do Noroeste Paulista. (Colaborou Sarah Belline)

Ao chegar a Talhado, é difícil imaginar que o bairro faz parte de Rio Preto. O som dos pássaros, o tradicional coreto e a capela de São Sebastião contrastam com os inúmeros prédios encontrados no perímetro urbano.

A economia baseada na agricultura faz Talhado remeter a uma vila do início do século 20, que a todo custo tenta preservar as tradições e costumes da roça. “Meus pais vieram para trabalhar nas lavouras locais e nunca mais saímos daqui. Eu tenho muito orgulho de morar em Talhado, gosto muito. Foi aqui que criei meus filhos com meu falecido esposo, José Ronda, que era muito querido por todos”, diz Ana Mendes Ronda, de 75 anos.

Conhecida como uma das moradoras mais antigas do bairro, dona Ana destaca a tranquilidade e a amizade com os vizinhos como fatores para não abandonar o distrito. “Poder criar os filhos, netos e bisnetos à vontade, com eles podendo circular por todo o bairro, não tem preço.”

Em Talhado, as atrações para se divertir não são boates, shoppings centers ou cinema. A tradição é jogar conversa fora no bar da dona Sebastiana. “Poder conversar com os amigos e voltar para casa tranquila é o que me faz não sair daqui. Talhado é meu cantinho de felicidade”, completa dona Ana.

Pesquisadores ouvidos pelo Diário contam que a história de Talhado começou em 1903, quando uma fazenda também chamada de Talhado começa a abrigar um povoado. Porém, a região somente foi oficializada como distrito de Rio Preto em 1944.

“A formação de Talhado se deu no entorno da Capela de São Sebastião. O local era reconhecido pelo seu potencial agrícola e chegou a ter três máquinas de arroz em funcionamento no mesmo período”, conta Ronaldo Adriano de Oliveira, 41 anos, subprefeito do distrito.

Apesar de Talhado não ter conseguido o desmembramento de Rio Preto e tornar-se um município, como Ipiguá, em 1993, suas características próprias fazem muitos moradores ainda tratarem o distrito como cidade.

“Digo que Talhado é uma ‘cidade’ tranquila, com bastante qualidade de vida, tranquilidade e de fácil acesso a Rio Preto”, diz Marcelo Tomeatti Caetano, presidente da Cooperativa dos Produtores Rurais de Rio Preto – instalada em Talhado devido a seus dois fundadores serem do distrito: João Romildo e Luís Cardoso.

Perfil

Localizado a 15 quilômetros de Rio Preto, Talhado possui uma população majoritariamente de pessoas com idades entre 35 e 74 anos, que preservam histórias do bairro mais rural de Rio Preto, como a do cemitério construído em 1946 para enterrar rio-pretenses menos afortunados.

É assim que, por mais que os anos tenham se passado e a industrialização tenha tomado conta das cidades, Talhado continua sendo uma exceção dentro da maior cidade do Noroeste Paulista. (Colaborou Sarah Belline)

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