O faixa preta de jiu-jítsu Pedro Nachabe, de 31 anos, vai representar a cidade de Rio Preto em uma competição internacional da modalidade. Trata-se do Pan-Americano de Jiu-Jítsu, que será realizado entre os dias 21 e 26 de março na Flórida, nos Estados Unidos. Com quase dez anos no esporte, o atleta está confiante em conseguir um pódio no torneio.

Ele vai competir na categoria pesadíssimo, para atletas acima de 100 quilos, e comentou a importância de participar de competições deste porte. “É muito gratificante poder representar minha equipe, família, cidade e país em uma competição tão prestigiada. Estou ansioso também por estrear em uma nova categoria, onde tenho certeza que enfrentarei grandes adversários”, disse Pedro.

Esta é a segunda vez que ele vai disputar o Pan-Americano de Jiu-Jítsu. Em 2016, quando ainda era faixa roxa, Pedro fez sua estreia no torneio e chegou muito perto do pódio. “Era minha primeira competição internacional e consegui chegar até as quartas de final, onde acabei perdendo para o campeão. Aquela edição aconteceu na Califórnia, e foi uma experiência muito gratificante”, contou o atleta.

A participação de Pedro neste campeonato tem um significado especial, já que marca a volta dele para as competições. Infectado quatro vezes pela Covid, ele teve um hiato de quase dois anos no esporte. “Foi um período muito complicado onde fui obrigado a ficar longe do que amo fazer. Agora, podendo voltar a competir, me sinto feliz e lutarei totalmente focado em ser campeão”, afirmou.

Para se motivar ainda mais a buscar o pódio, o rio-pretense terá um torcedor mais que especial. Trata-se de Pedrinho, filho do lutador, que com 9 anos de idade já vem seguindo os passos do pai no mundo da luta. “Ele é minha vida, treina comigo desde bebezinho. Tem o sonho de ser lutador também, e pegou pódio nas duas competições que já disputou, sendo campeão em uma delas”, contou o pai, orgulhoso.

Segundo Pedro, o jiu-jítsu, assim como outros esportes, tem o poder de mudar completamente a vida das pessoas. “Eu mesmo sou um exemplo. Brigava muito na rua quando pequeno e encontrei o meu caminho através do esporte”, disse o atleta, que também é professor da modalidade. “A evolução acontece e ela não é somente no esporte, mas principalmente no lado humano das pessoas”, completou. (Colaborou Sergio Torqueti)