A partir desta terça-feira, 14, a Guarda Civil Municipal (GCM) e a Polícia Militar vão intensificar a fiscalização contra ocupação irregular de vagas de estacionamento para deficientes físicos e idosos. A decisão foi tomada após reunião extraordinária na Secretaria Municipal de Trânsito, Transportes e Segurança de Rio Preto.

Estacionar irregularmente nas vagas exclusivas para idosos ou pessoas com deficiência é considerado infração gravíssima, rende sete pontos na carteira e multa no valor de R$ 293,47, de acordo o Código de Trânsito Brasileiro (CTB).

Segundo o comandante da Guarda, Victor Cornachioni, as duas corporações já fazem a fiscalização, mas ela será intensificada para atender o aumento das reclamações recebidas.

“Cresceram nas últimas semanas as reclamações, principalmente na região do Centro de Rio Preto, sobre vagas para deficientes e idosos ocupadas irregularmente. Como há muito desrespeito, vamos punir quem está errado”, diz.

Além da Guarda, policiais militares do projeto Atividade Delegada vão intensificar a fiscalização. Serão 12 policiais distribuídos em turnos de seis horas, em período diurno e noturno, e todo o efetivo da GCM com atenção voltada para situações desse tipo.

As blitze serão realizadas ao longo do dia, nas ruas do Centro, nos estacionamentos de supermercados e shopping centers de Rio Preto. “A maior parte das reclamações se refere a estacionamentos privados, como shoppings, lojas e supermercados. Muitos motoristas pensam que esses locais não podem ser fiscalizados, o que não é verdade”, esclarece o secretário de Trânsito de Rio Preto, Amaury Hernandes.

Presidente do Clube Amigos dos Deficientes (CAD) de Rio Preto, Paulo César dos Santos, o Jatobá, acha fundamental aumentar a fiscalização, porque vê que o desrespeito só cresce a cada dia. “Recentemente, tive de chamar a Guarda porque um motorista estacionou o carro bem na última vaga de deficiente que restava no Mercadão. Ele veio falar que iria ficar pouco tempo. Essa vaga não é dele nem por um minuto”, afirma.

Segundo Jatobá, o desrespeito é fruto da falta de educação dos motoristas, que não entendem a importância da reserva. “As vagas são colocadas em locais em que fica mais fácil um deficiente desembarcar do veículo. Vai desde guia rebaixada, sinalização de solo, além de rampa de acesso. Quem para nesta vaga ocupa um lugar que não é dele em nenhum sentido”, explica o técnico.

Jatobá defende a punição dos motoristas com multas e até apreensão de veículos, como forma de conscientizar os condutores.