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20 de março de 2023

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Com risco de desabar, prédio é evacuado e força vizinhança a abandonar casas

Com risco de desabar, prédio é evacuado e força vizinhança a abandonar casas

Com afundamento de pilares e risco de desabamento, prédio no Jardim Vetorasso é interditado; 16 famílias que moram no local e moradores de casas vizinhas deixaram os imóveis

Com afundamento de pilares e risco de desabamento, prédio no Jardim Vetorasso é interditado; 16 famílias que moram no local e moradores de casas vizinhas deixaram os imóveis

Por Marco Antonio dos Santos | 13/03/2023 | Tempo de leitura: 3 min
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Por Marco Antonio dos Santos
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13/03/2023 - Tempo de leitura: 3 min

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Rachaduras em volta dos pilares foram os primeiros sinais de afundamento

Erro de cálculo para a estrutura ou problema no solo podem ser as causas do afundamento dos pilares do edifício Idalina Kaiser, no Jardim Vetorasso, em Rio Preto. O prédio foi interditado no sábado, 11, pela Defesa Civil, por conta do risco de desabamento. Ao todo, 16 famílias que moram no local e moradores de casas vizinhas deixaram os imóveis de maneira emergencial.

Os sinais de afundamento são visto em 28 pilares do edifício, com sinais de rachaduras no piso do entorno das estruturas. Porém, o nível de afundamento varia de um pilar para outro. Segundo a Defesa Civil, em alguns pilares o afundamento chega a cinco centímetros.

Os dois fatores que levaram ao afundamento foram apontados pelo geólogo Carlos Eduardo Pacheco Cardoso e pelo coordenador do curso de engenharia civil da Unilago, Vinicius Moreno. Eles analisaram as imagens a pedido do Diário. Ambos dizem que um estudo técnico do solo, antes da construção, poderia ter evitado os afundamentos dos pilares.

Compostos de dois blocos de três andares, o edifício tem 24 apartamentos, sendo que 16 deles estavam ocupados.

Para Vinicius Moreno, a primeira medida a ser adotada, após o esvaziamento dos apartamentos, é o escoramento dos pilares com vigas de aço para cessar o afundamento.

“Pode ser um problema de recalque, aprofundamento do solo. O peso excedido ali faz com que a terra recalque (afunde). Pode ter outros fatores, como vazamento, que pode estar levando terra e, consequentemente, recalca também”, diz o acadêmico.

O geólogo Carlos Eduardo Pacheco Cardoso acha ser necessário fazer um estudo da situação do solo. “Esse laudo pode determinar a situação da estabilidade do solo. Por mais longe que pareça, o edifício pode ter sido construído numa região de várzea. Neste caso, é necessário aplicar técnicas para estabilizar o solo, antes de colocar as estacas de pilares, para que no futuro não se mexam”, comenta o geólogo.

O administrador do prédio, Eder Lima Rodrigues, afirma que o edifício passou por uma obra de reparos há 20 anos para sanar rachaduras que apareceram na época. “Foi feito um reforço estrutural do prédio. O engenheiro da época concordou (com a obra) e até assumiu que foi um erro de cálculo construtivo. Indenizou o condomínio nesta época. Fizeram obras de reforço na parte imersa do prédio, mas esqueceram de fazer reforço na parte submersa do prédio. Acredito que a carga do prédio pode ter ocasionado este recalque da estrutura”, diz o administrador.

Os primeiros sinais de afundamento dos pilares teriam sido descobertos no dia 7 de fevereiro deste ano. Uma empresa de engenharia foi contratada pelo condomínio para colocar estacas para estabilizar os pilares, fazer laudo sobre as causas do afundamento e realizar as obras de reparo. O custo do trabalho é estimado em R$ 500 mil.

Segundo o vice-coordenador da Defesa Civil, José Carlos Sé, com a desocupação do prédio e esvaziamento da caixa d’água coletiva do imóvel, o edifício deve estabilizar e parar de apresentar afundamento nos pilares.

O Diário tentou durante a segunda-feira, contato com o engenheiro responsável pela obra, mas até o fechamento ele não foi encontrado.

Erro de cálculo para a estrutura ou problema no solo podem ser as causas do afundamento dos pilares do edifício Idalina Kaiser, no Jardim Vetorasso, em Rio Preto. O prédio foi interditado no sábado, 11, pela Defesa Civil, por conta do risco de desabamento. Ao todo, 16 famílias que moram no local e moradores de casas vizinhas deixaram os imóveis de maneira emergencial.

Os sinais de afundamento são visto em 28 pilares do edifício, com sinais de rachaduras no piso do entorno das estruturas. Porém, o nível de afundamento varia de um pilar para outro. Segundo a Defesa Civil, em alguns pilares o afundamento chega a cinco centímetros.

Os dois fatores que levaram ao afundamento foram apontados pelo geólogo Carlos Eduardo Pacheco Cardoso e pelo coordenador do curso de engenharia civil da Unilago, Vinicius Moreno. Eles analisaram as imagens a pedido do Diário. Ambos dizem que um estudo técnico do solo, antes da construção, poderia ter evitado os afundamentos dos pilares.

Compostos de dois blocos de três andares, o edifício tem 24 apartamentos, sendo que 16 deles estavam ocupados.

Para Vinicius Moreno, a primeira medida a ser adotada, após o esvaziamento dos apartamentos, é o escoramento dos pilares com vigas de aço para cessar o afundamento.

“Pode ser um problema de recalque, aprofundamento do solo. O peso excedido ali faz com que a terra recalque (afunde). Pode ter outros fatores, como vazamento, que pode estar levando terra e, consequentemente, recalca também”, diz o acadêmico.

O geólogo Carlos Eduardo Pacheco Cardoso acha ser necessário fazer um estudo da situação do solo. “Esse laudo pode determinar a situação da estabilidade do solo. Por mais longe que pareça, o edifício pode ter sido construído numa região de várzea. Neste caso, é necessário aplicar técnicas para estabilizar o solo, antes de colocar as estacas de pilares, para que no futuro não se mexam”, comenta o geólogo.

O administrador do prédio, Eder Lima Rodrigues, afirma que o edifício passou por uma obra de reparos há 20 anos para sanar rachaduras que apareceram na época. “Foi feito um reforço estrutural do prédio. O engenheiro da época concordou (com a obra) e até assumiu que foi um erro de cálculo construtivo. Indenizou o condomínio nesta época. Fizeram obras de reforço na parte imersa do prédio, mas esqueceram de fazer reforço na parte submersa do prédio. Acredito que a carga do prédio pode ter ocasionado este recalque da estrutura”, diz o administrador.

Os primeiros sinais de afundamento dos pilares teriam sido descobertos no dia 7 de fevereiro deste ano. Uma empresa de engenharia foi contratada pelo condomínio para colocar estacas para estabilizar os pilares, fazer laudo sobre as causas do afundamento e realizar as obras de reparo. O custo do trabalho é estimado em R$ 500 mil.

Segundo o vice-coordenador da Defesa Civil, José Carlos Sé, com a desocupação do prédio e esvaziamento da caixa d’água coletiva do imóvel, o edifício deve estabilizar e parar de apresentar afundamento nos pilares.

O Diário tentou durante a segunda-feira, contato com o engenheiro responsável pela obra, mas até o fechamento ele não foi encontrado.

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