“Quem não tem padrinhos morre pagão”, diz o provérbio português. Eis um risco que Edinho Filho (MDB) certamente não corre. Tudo indica que o rebento do prefeito de Rio Preto, Edinho Araújo (MDB), acomodado num cargo de livre nomeação na Secretaria de Agricultura do Estado de São Paulo na gestão passada, lá deverá permanecer, mesmo com a chegada de Tarcísio de Freitas (Republicanos) ao Palácio dos Bandeirantes.

Edinho Filho ganhou o emprego público, com salário bruto hoje de R$ 9.755,00, no governo João Doria (então PSDB) quando o deputado estadual Itamar Borges (MDB), aliado de longa data do pai dele, assumiu a pasta da Agricultura em junho de 2021.

Ele deixou o posto em abril do ano passado por exigência legal para disputar uma cadeira como deputado federal. Derrotado nas urnas, nas quais obteve 17.310 votos, Edinho Filho voltou a ser pendurado no cabideiro de apadrinhados do governo estadual em novembro do ano passado.

Nas duas últimas semanas, a gestão Tarcísio deu início à redistribuição de cargos de terceiro e quarto escalão na generosa estrutura de empregos sem concursos da máquina do Estado. Casos, por exemplo, das regionais da CDHU e das Diretorias de Saúde.

Durante o agitado oba-oba em torno de Tarcísio nesta sexta, 10, em Rio Preto, quando Edinho pai escoltou com entusiasmo e sorriso largo o republicano, Edinho Filho, que estava presente no evento, foi anunciado pelo cerimonial como “representante” da Secretaria de Agricultura do Estado. Foi o suficiente para a audiência se atentar que o jovem segue muito bem apadrinhado pelo pai e por Itamar junto aos novos donos do poder no Estado.