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31 de março de 2023
RENOVADO
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Criança yanomami que ficou 36 dias no HCM de Rio Preto recebe alta
Criança yanomami que ficou 36 dias no HCM de Rio Preto recebe alta
Criança yanomami de 1 ano e 4 meses passou por cirurgia cardíaca no HCM de Rio Preto e teve alta nesta segunda-feira, 6
Criança yanomami de 1 ano e 4 meses passou por cirurgia cardíaca no HCM de Rio Preto e teve alta nesta segunda-feira, 6
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Duas crianças indígenas foram operadas no Hospital da Criança e Maternidade (HCM) de Rio Preto para operar de cardiopatias congênitas. Um menino xavante, do Mato Grosso, e uma menina yanomami, do Amapá, tiveram seus problemas de saúde descobertos no ano passado, mas só foram encaminhadas para tratamento em 2023.
Os procedimentos médicos foram coordenados pelo cirurgião cardiovascular pediátrico do HCM Ulisses Alexandre Croti, professor doutor da Faculdade de Medicina de Rio Preto (Famerp). Por ano, 400 crianças são operadas no HCM, considerado um dos centros de referência no País para cirurgias cardíacas em crianças.
Nesta segunda-feira, 6, a primeira criança teve alta médica: foi a yanomami Liane Waiapi, de 1 ano e quatro meses, que ficou 36 dias no hospital, após ser internada no dia 1º de fevereiro deste ano, com bastante dificuldade de respiração, sinal de problema de cardíaco.
“Veio com uma doença relativamente simples, chamada persistência do canal arterial (PCA). Porém, ela chegou aqui tão tardiamente que isso comprometeu parte do pulmão, numa doença conhecida como hipertensão arterial pulmonar. Por causa disso, ela ficou muito tempo na UTI, porque também tivemos de tratar do pulmão dela. Tudo isso que a gente ouviu falar até o momento sobre a falta de assistência aos yanomani é uma verdade. Eles estavam abandonados. A criança deveria ter sido operada há um ano”, explica Croti.
Para piorar, até o pai da criança, Jakyri Waiapi, 36 anos, teve problema de saúde e foi internado no Hospital de Base para tratamento de uma malária, doença com maior incidência na região Norte do país.
Jakyri e a mulher, Anani Waiapi, moram com a filha em uma aldeia no Estado do Amapá. “Estamos muito felizes em ver que ela está bem. Meu pai ficou feliz na aldeia, quando eu falei que ela está bem. Ela vai poder brincar. Lá tem mais crianças com problemas no coração. Lá em minha cidade não tem cirurgia assim. Nos mandaram para cá”, diz Jakyri.
O pai afirma que desconfiou da existência de um problema no coração ao perceber que a filha se cansava facilmente durante as brincadeiras com outras crianças da aldeia. O casal chegou a levar a filha ao posto de saúde próximo da aldeia, onde a doença no coração foi confirmada, mas sem apoio tiveram de esperar até 2023 para serem enviados para tratamento em Rio Preto.
“Foi no ano passado que descobrimos o problema dela, mas demoraram para mandar para cá (Rio Preto). Lá na aldeia tem bastante crianças com problemas cardíacos”, diz o pai, que sonha em ver a filha voltar a brincar com seus cinco irmãos.
A família mora no território yanomami, na região amazônica, mas em local diferente dos que ganharam destaque no início deste ano, devido aos casos de morte por desnutrição. A região mais afetada pela falta de alimentos foi em Roraima, enquanto a família mora na parte do território que fica no Amapá.
Xavante
Já o menino xavante está internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do HCM também por problemas cardíacos. Com um ano, ele tem conexão anômala total de veias pulmonares, que é uma anomalia cardíaca congênita, caracterizada pelo retorno venoso pulmonar através das veias pulmonares para o sistema venoso sistêmico. O menino aguarda a supervisão médica determinar quando terá condições de ser liberado para retornar ao Mato Grosso.
Duas crianças indígenas foram operadas no Hospital da Criança e Maternidade (HCM) de Rio Preto para operar de cardiopatias congênitas. Um menino xavante, do Mato Grosso, e uma menina yanomami, do Amapá, tiveram seus problemas de saúde descobertos no ano passado, mas só foram encaminhadas para tratamento em 2023.
Os procedimentos médicos foram coordenados pelo cirurgião cardiovascular pediátrico do HCM Ulisses Alexandre Croti, professor doutor da Faculdade de Medicina de Rio Preto (Famerp). Por ano, 400 crianças são operadas no HCM, considerado um dos centros de referência no País para cirurgias cardíacas em crianças.
Nesta segunda-feira, 6, a primeira criança teve alta médica: foi a yanomami Liane Waiapi, de 1 ano e quatro meses, que ficou 36 dias no hospital, após ser internada no dia 1º de fevereiro deste ano, com bastante dificuldade de respiração, sinal de problema de cardíaco.
“Veio com uma doença relativamente simples, chamada persistência do canal arterial (PCA). Porém, ela chegou aqui tão tardiamente que isso comprometeu parte do pulmão, numa doença conhecida como hipertensão arterial pulmonar. Por causa disso, ela ficou muito tempo na UTI, porque também tivemos de tratar do pulmão dela. Tudo isso que a gente ouviu falar até o momento sobre a falta de assistência aos yanomani é uma verdade. Eles estavam abandonados. A criança deveria ter sido operada há um ano”, explica Croti.
Para piorar, até o pai da criança, Jakyri Waiapi, 36 anos, teve problema de saúde e foi internado no Hospital de Base para tratamento de uma malária, doença com maior incidência na região Norte do país.
Jakyri e a mulher, Anani Waiapi, moram com a filha em uma aldeia no Estado do Amapá. “Estamos muito felizes em ver que ela está bem. Meu pai ficou feliz na aldeia, quando eu falei que ela está bem. Ela vai poder brincar. Lá tem mais crianças com problemas no coração. Lá em minha cidade não tem cirurgia assim. Nos mandaram para cá”, diz Jakyri.
O pai afirma que desconfiou da existência de um problema no coração ao perceber que a filha se cansava facilmente durante as brincadeiras com outras crianças da aldeia. O casal chegou a levar a filha ao posto de saúde próximo da aldeia, onde a doença no coração foi confirmada, mas sem apoio tiveram de esperar até 2023 para serem enviados para tratamento em Rio Preto.
“Foi no ano passado que descobrimos o problema dela, mas demoraram para mandar para cá (Rio Preto). Lá na aldeia tem bastante crianças com problemas cardíacos”, diz o pai, que sonha em ver a filha voltar a brincar com seus cinco irmãos.
A família mora no território yanomami, na região amazônica, mas em local diferente dos que ganharam destaque no início deste ano, devido aos casos de morte por desnutrição. A região mais afetada pela falta de alimentos foi em Roraima, enquanto a família mora na parte do território que fica no Amapá.
Xavante
Já o menino xavante está internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do HCM também por problemas cardíacos. Com um ano, ele tem conexão anômala total de veias pulmonares, que é uma anomalia cardíaca congênita, caracterizada pelo retorno venoso pulmonar através das veias pulmonares para o sistema venoso sistêmico. O menino aguarda a supervisão médica determinar quando terá condições de ser liberado para retornar ao Mato Grosso.
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