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21 de março de 2023

SAÚDE

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Santa Casa de Fernandópolis cancela mais de 500 procedimentos eletivos em uma semana

Santa Casa de Fernandópolis cancela mais de 500 procedimentos eletivos em uma semana

A justificativa para o cancelamento dos procedimentos é a falta de pagamentos aos médicos, que não recebem desde outubro do ano passado

A justificativa para o cancelamento dos procedimentos é a falta de pagamentos aos médicos, que não recebem desde outubro do ano passado

Por Núcleo Digital | 06/03/2023 | Tempo de leitura: 3 min
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Por Núcleo Digital
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06/03/2023 - Tempo de leitura: 3 min

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Em uma semana foram suspensos 597 procedimentos eletivos

A Santa Casa de Fernandópolis cancelou somente na última semana 597 procedimentos eletivos, ou seja, procedimentos que não se caracterizam como urgentes ou emergentes e que podem ser reagendados sem o comprometimento da saúde do paciente. A justificativa é a falta de pagamento aos médicos, que estão sem receber desde outubro do ano passado.

Segundo o hospital, os salários dos médicos devem ser pagos com os recursos enviados por Estado e União. Porém, tais valores são insuficientes para cobrir custos e mais os salários.

Os serviços cancelados são de procedimentos eletivos do ambulatório vascular, cirurgia geral, nefrologia, ginecologia, ortopedia, colonoscopia, endoscopia, raio-X, ultrassom, cirurgias ambulatoriais e eletivas.

Segundo o Núcleo Interno de Regulação da Santa Casa de Fernandópolis, do dia 27 de fevereiro deste ano até a manhã desta segunda-feira, 6, já havia sido suspensos 597 procedimentos eletivos. O dia em que mais houve cancelamentos foi na última quinta, 2, com 126 procedimentos cancelados, sendo cinco cirurgias.

O Diário entrou em contato com a assessoria da Santa Casa de Fernandópolis. Segundo o hospital, até o momento o problema continua sem nenhuma trativa para ser solucionado.

"A questão dos cancelamentos é por falta de pagamento médico, que não ocorre desde outubro do ano passado. A provedoria e direção do hospital têm ido a São Paulo conversar com o Secretário Estadual de Saúde para mobilizar forças não só municipal, mas federal. Está tendo algumas tratativas também na Câmara de Vereadores e Prefeitura Municipal de Fernandópolis, mas nada definido. Essas reuniões municipais que tiveram, a Santa Casa não foi convocada, ela não foi procurada. A única reunião que tivemos foi na última quarta-feira, 1°, com o Secretário Estadual de Saúde, Eleuses Paiva, mas fora isso está na mesma situação".

Na última sexta-feira, 3, a Santa Casa publicou uma nota em suas redes sociais em que diz que os recursos encaminhados para o hospital não suprem com a realidade das demandas, tendo em vista a própria defasagem da tabela do Sistema Único de Saúde (SUS).

Outras paralisações, como os plantões do Pronto-Socorro, estão acontecendo de forma alternada, mas corre o risco de ficar sem profissional, como ocorreu na noite da última quinta-feira, 2.

"A Santa Casa Fernandópolis, informa, por fim, que esteve e está atuando ininterruptamente, mobilizando forças regional, estadual e federal para compor qualquer solução para os desafios presentes. A entidade está aberta ao diálogo e qualquer parceria para que essa crise não se amplie ou se prospere mais", finaliza.

A Prefeitura de Fernandópolis alega que o município está auxiliando no que for possível os administradores da Santa Casa para solucionar o mais rápido possível esse problema, inclusive com interlocução política junto as demais esferas federal e estadual.

A Secretaria de Estado da Saúde afirmou que o repasse à Santa Casa de Fernandópolis atrasou por problemas na documentação da instituição. A pasta ressalta que o processo para a assinatura do convênio no valor de R$ 1,4 milhão com a Santa Casa de Misericórdia de Fernandópolis, pelo programa Mais Santas Casas, está próximo de ser concluído.

"A pasta mantém constante diálogo com os gestores de saúde da região para discutir formas de apoiar o fortalecimento e ampliar a assistência necessária para a população local. A secretaria também tem cobrado do Ministério da Saúde o reajuste da tabela SUS, responsabilidade do Governo Federal, que está desatualizada há mais de 10 anos", finaliza a nota.

(Colaborou Sarah Belline)

A Santa Casa de Fernandópolis cancelou somente na última semana 597 procedimentos eletivos, ou seja, procedimentos que não se caracterizam como urgentes ou emergentes e que podem ser reagendados sem o comprometimento da saúde do paciente. A justificativa é a falta de pagamento aos médicos, que estão sem receber desde outubro do ano passado.

Segundo o hospital, os salários dos médicos devem ser pagos com os recursos enviados por Estado e União. Porém, tais valores são insuficientes para cobrir custos e mais os salários.

Os serviços cancelados são de procedimentos eletivos do ambulatório vascular, cirurgia geral, nefrologia, ginecologia, ortopedia, colonoscopia, endoscopia, raio-X, ultrassom, cirurgias ambulatoriais e eletivas.

Segundo o Núcleo Interno de Regulação da Santa Casa de Fernandópolis, do dia 27 de fevereiro deste ano até a manhã desta segunda-feira, 6, já havia sido suspensos 597 procedimentos eletivos. O dia em que mais houve cancelamentos foi na última quinta, 2, com 126 procedimentos cancelados, sendo cinco cirurgias.

O Diário entrou em contato com a assessoria da Santa Casa de Fernandópolis. Segundo o hospital, até o momento o problema continua sem nenhuma trativa para ser solucionado.

"A questão dos cancelamentos é por falta de pagamento médico, que não ocorre desde outubro do ano passado. A provedoria e direção do hospital têm ido a São Paulo conversar com o Secretário Estadual de Saúde para mobilizar forças não só municipal, mas federal. Está tendo algumas tratativas também na Câmara de Vereadores e Prefeitura Municipal de Fernandópolis, mas nada definido. Essas reuniões municipais que tiveram, a Santa Casa não foi convocada, ela não foi procurada. A única reunião que tivemos foi na última quarta-feira, 1°, com o Secretário Estadual de Saúde, Eleuses Paiva, mas fora isso está na mesma situação".

Na última sexta-feira, 3, a Santa Casa publicou uma nota em suas redes sociais em que diz que os recursos encaminhados para o hospital não suprem com a realidade das demandas, tendo em vista a própria defasagem da tabela do Sistema Único de Saúde (SUS).

Outras paralisações, como os plantões do Pronto-Socorro, estão acontecendo de forma alternada, mas corre o risco de ficar sem profissional, como ocorreu na noite da última quinta-feira, 2.

"A Santa Casa Fernandópolis, informa, por fim, que esteve e está atuando ininterruptamente, mobilizando forças regional, estadual e federal para compor qualquer solução para os desafios presentes. A entidade está aberta ao diálogo e qualquer parceria para que essa crise não se amplie ou se prospere mais", finaliza.

A Prefeitura de Fernandópolis alega que o município está auxiliando no que for possível os administradores da Santa Casa para solucionar o mais rápido possível esse problema, inclusive com interlocução política junto as demais esferas federal e estadual.

A Secretaria de Estado da Saúde afirmou que o repasse à Santa Casa de Fernandópolis atrasou por problemas na documentação da instituição. A pasta ressalta que o processo para a assinatura do convênio no valor de R$ 1,4 milhão com a Santa Casa de Misericórdia de Fernandópolis, pelo programa Mais Santas Casas, está próximo de ser concluído.

"A pasta mantém constante diálogo com os gestores de saúde da região para discutir formas de apoiar o fortalecimento e ampliar a assistência necessária para a população local. A secretaria também tem cobrado do Ministério da Saúde o reajuste da tabela SUS, responsabilidade do Governo Federal, que está desatualizada há mais de 10 anos", finaliza a nota.

(Colaborou Sarah Belline)

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