14 de dezembro de 2025
APORTE BILIONÁRIO

Rubens Ometto pode deixar o controle da Cosan em seis anos

Por Da Redação |
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Divulgação/Cia. Das Letras
Para refletir o acordo, Ometto terá 50,01% do bloco de controle

A entrada do BTG Pactual e da gestora Perfin como sócios da Cosan ao lado da Aguassanta, o family office de Rubens Ometto, prevê um plano de sucessão do controlador em um prazo estimado em seis anos. Além disso, a operação — que prevê a injeção de R$ 10 bilhões no novo consórcio, em duas fases — deve munir a companhia de tempo e fôlego para dar seguimento ao plano de vendas de ativos “com calma”, aproveitando as melhores condições de mercado.

Os detalhes sobre o acordo anunciado ontem foram apresentados na manhã desta segunda-feira (22) pelo CEO da Cosan, Marcelo Martins, e pelo CFO Rodrigo Araújo. Segundo Martins, os principais objetivos da medida são reduzir a alavancagem da Cosan para níveis “saudáveis” e “endereçar a sucessão do acionista controlador” — uma preocupação do próprio fundador.

“O próprio Rubens sabe que precisamos construir um modelo de perenidade”, afirmou Martins.

Martins detalhou ainda que a manutenção de Ometto — ou de alguém indicado por ele — como chairman por mais três mandatos de dois anos cada um, totalizando seis anos, “foi uma condição respeitada pelos acionistas que vão contribuir com aumento de capital”. “Durante os seis anos iniciais, não deve haver mudança na estrutura. A partir daí, abre-se a possibilidade de fazer uma transição estruturada na sucessão do acionista controlador”, disse.

Para refletir esse acordo, Ometto terá 50,01% do bloco de controle. Após esse período de até seis anos, o BTG Pactual e a Perfin podem atrelar mais papeis da Cosan ao acordo que determina a composição do bloco, potencialmente alterando o controle da companhia.