05 de dezembro de 2025
O ALERTA MUDOU

Pressão 12 por 8 deixa de ser 'normal' para saúde cardiovascular

Por Da redação/Pira1 |
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A Diretriz Brasileira de Hipertensão Arterial, sugere que níveis acima de 12 por 8 já devem ser monitorados.

  A pressão considerada "normal" por grande parte da população brasileira — o famoso 12 por 8 — passou a ser tratada com mais cautela na medicina.

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A Diretriz Brasileira de Hipertensão Arterial 2025, recém-publicada pelas principais entidades de saúde cardiovascular do país, sugere que níveis a partir de 120/80 mmHg já devem ser monitorados com atenção e tratados com mudanças no estilo de vida.

O documento, fruto da colaboração entre a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), a Sociedade Brasileira de Hipertensão (SBH) e a Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN), atualiza os critérios para prevenção e controle da pressão alta, incorporando evidências científicas mais recentes e propondo uma abordagem mais preventiva.

A principal novidade da nova diretriz é a classificação de valores entre 120-139 mmHg (sistólica) e 80-89 mmHg (diastólica) como pré-hipertensão, faixa que antes não era considerada de risco imediato. A proposta é que, mesmo nesses casos, o paciente já receba orientação para adotar hábitos saudáveis, mesmo sem uso de medicamentos.

Segundo especialistas, o objetivo agora é evitar que a pressão evolua silenciosamente para quadros mais graves, com o novo  conceito de ‘normalidade’. Medicamentos continuam restritos aos casos mais críticos

Segundo a nova diretriz, o tratamento medicamentoso ainda se reserva para pacientes com pressão igual ou superior a 140/90 mmHg ou para aqueles com pressão entre 130-139/80-89 mmHg, associada a fatores de alto risco, como diabetes, doenças renais ou histórico de infarto e AVC. Nestes casos, se após três meses de mudanças no estilo de vida não houver controle adequado, os fármacos passam a ser indicados.

No caso da pressão 12/8, não há necessidade de medicação. O importante é manter uma rotina saudável e monitorar regularmente. Medidas preventivas ganham protagonismo

A diretriz destaca um conjunto de recomendações não farmacológicas que devem ser incorporadas à rotina de quem está na faixa de pré-hipertensão, como a prática regular de exercícios físicos: pelo menos 150 minutos semanais de atividades aeróbicas, somadas a dois dias de treino de força;

O controle de peso corporal: estudos apontam que cada quilo perdido pode reduzir em média 1 mmHg da pressão arterial; Alimentação balanceada: redução do consumo de sal, aumento na ingestão de potássio por meio de frutas, vegetais e leguminosas, e adoção da dieta DASH (rica em alimentos naturais e frescos);

Outros fatores também são importantes, como a eedução do estresse: técnicas como meditação, mindfulness e exercícios de respiração; evitar álcool em excesso e abandonar o tabagismo.

O SUS deve ser protagonista no novo modelo de cuidado.