A Raízen informou nesta segunda-feira (8) que seus acionistas discutem diferentes possibilidades de reforço de capital para a companhia. De acordo com o comunicado, não há, por enquanto, decisão tomada nem definição sobre formato ou condições de uma eventual operação.
O anúncio surge após a circulação de informações sobre o interesse de grupos estrangeiros e nacionais em comprar participação na empresa. Segundo apuração do Broadcast, companhias japonesas como Mitsubishi e Mitsui, além da brasileira Itaúsa, da multinacional Glencore e da petroleira saudita Aramco, estariam entre os potenciais interessados. A expectativa é de que propostas formais comecem a ser apresentadas em outubro.
VEJA MAIS
REORGANIZAÇÃO
Paralelamente, reportagem do jornal O Globo revelou que o banqueiro André Esteves, presidente do conselho do BTG Pactual, articula a compra de parte da Cosan, controladora da Raízen. Caso o negócio avance, ele passaria a dividir o controle da holding com o empresário Rubens Ometto.
Na semana anterior, o portal Pipeline já havia indicado que Esteves estudava investir na companhia, movimento visto pelo mercado como uma estratégia para ampliar a presença do BTG em segmentos-chave da economia. Nenhum dos envolvidos, contudo, confirmou publicamente a negociação.
AJUSTES
A própria Raízen recorda que alternativas de capitalização já haviam sido mencionadas na divulgação e discussão dos resultados do primeiro trimestre do ciclo 2025/26. Desde 2024, a empresa tem adotado medidas para reduzir sua dívida, incluindo a venda de ativos e usinas.
Entre as operações mais recentes, em agosto foram negociadas as usinas Rio Brilhante e Passa Tempo, no Mato Grosso do Sul, por R$ 1,5 bilhão. A companhia também se desfez de unidades em Leme e Santa Elisa, além de ativos de geração distribuída. Outra decisão foi encerrar a parceria com a rede de conveniência Oxxo, mantendo apenas as marcas Shell Select e Shell Café.