O chamado "golpe da maquininha" tem se tornado o mais comum na região de Piracicaba, com um aumento significativo de casos levados à Justiça. Nesta terça-feira (5), o G1 revelou um levantamento que entre janeiro e agosto deste ano, houve 17 sentenças favoráveis às vítimas — quase o dobro das nove registradas no mesmo período de 2024. A alegação dos juízes é de que as instituições financeiras devem ter mecanismos de segurança que identifiquem operações incomuns.
A vítima com maior prejuízo registrado neste ano teve R$ 36 mil desviados. As decisões se referem exclusivamente a casos em que foi citado o termo "golpe da maquininha".
Em 2025, 10 das 17 estão relacionadas ao golpe do "falso presente". Nesta modalidade, criminosos entram em contato com as vítimas no dia de seus aniversários, se passando por uma floricultura ou loja de perfumes, e informam sobre a entrega de um presente surpresa. Para recebê-lo, a vítima é orientada a pagar uma pequena taxa de entrega na maquininha. Após a transação, a tela acusa erro e o entregador vai embora, mas a vítima descobre que um valor muito maior foi cobrado em sua conta.
Outras variações comuns do golpe da maquininha incluem a clonagem de cartão, onde um criminoso se apresenta com a desculpa de entregar um presente, utiliza um aparelho adulterado para copiar os dados do cartão e depois faz compras indevidas.
Há também a tática do falso motorista de aplicativo, na qual um motorista cobra um valor combinado, mas a maquininha registra uma quantia diferente, que a vítima só percebe ao final da corrida. Por fim, o golpe da troca de cartão ocorre quando o golpista se aproveita da distração da vítima para trocar seu cartão original por um falso, usando o original para realizar compras fraudulentas.
Para evitar ser a próxima vítima, o Instituto de Defesa de Consumidores (Idec) divulgou seis medidas de segurança essenciais.