Uma intensa onda de calor está castigando a Europa, já resultando em pelo menos oito mortes e causando interrupções significativas na rotina de diversos países. Até o momento, foram registradas quatro mortes na Espanha, duas na França e duas na Itália.
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As temperaturas recordes levaram ao fechamento de escolas, cancelamento de atividades ao ar livre e até mesmo à suspensão da visitação ao topo da icônica Torre Eiffel, em Paris.
A França registrou o mês de junho mais quente desde o início dos registros meteorológicos, em 1900. Em Paris, os termômetros chegaram a impressionantes 42°C. Nesta quarta-feira (2), apesar de uma leve queda, a temperatura ainda se mantinha em 36°C, um patamar considerado muito elevado para os padrões locais. Mais de 2.200 escolas foram fechadas em todo o país devido ao calor extremo. Informação da AFP News.
As consequências para a saúde já são visíveis: ao menos 300 pessoas foram atendidas com insolação na França, com duas mortes confirmadas, incluindo a de uma menina de apenas dez anos. Mortes relacionadas ao calor também foram reportadas na Turquia e na Itália.
Na Alemanha, as altas temperaturas avançaram para o leste do continente, com Berlim se aproximando dos 39°C, mais de 15°C acima da média histórica. Em algumas regiões, o país decretou "hitzefrei", uma medida que dispensa os alunos das aulas em dias de calor extremo.
A Espanha não só enfrenta o calor intenso, com registros de até 46°C em Huelva, mas também lida com incêndios florestais devastadores. Pelo menos duas pessoas morreram em decorrência do fogo em Lérida, na Catalunha, e os incêndios forçaram o confinamento de 14 mil pessoas. Uma tragédia adicional abalou o país, com a morte de uma criança de dois anos que foi deixada por horas dentro de um carro estacionado sob o sol em Tarragona.
Em Portugal, a cidade de Mora registrou um novo recorde nacional para o mês de junho, atingindo 46,6°C. A região do Alentejo seguia nesta quarta-feira com previsão de até 40°C, e a população tem enfrentado sérias dificuldades para lidar com o calor intenso.
A Organização Meteorológica Mundial (OMM) classificou o fenômeno como um "assassino silencioso" e alertou que o calor intenso está se tornando mais frequente e severo devido às mudanças climáticas causadas por atividades humanas.