A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) prendeu, na tarde de segunda-feira (24), um cirurgião-dentista de 50 anos suspeito de cometer crimes sexuais contra pacientes e funcionárias. A operação, chamada Incisivo, foi conduzida pela 5ª Delegacia de Polícia e incluiu o cumprimento de mandados de busca e apreensão e de prisão preventiva.
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As investigações começaram em outubro de 2024, após a denúncia de uma paciente que relatou ter sido assediada durante um atendimento odontológico. Com o avanço do inquérito, surgiram novos relatos de abuso, incluindo de funcionárias e outras pacientes da clínica Oral Flex, localizada no Shopping Conjunto Nacional. Segundo os depoimentos, o profissional mantinha um padrão de comportamento abusivo ao longo dos anos.
Uma paciente afirmou que, ao final de uma consulta, recebeu dois tapas na região íntima sem consentimento. Meses depois, o dentista segurou seu rosto à força e tentou beijá-la no consultório.
Uma ex-funcionária contou que foi impedida de sair da clínica após o expediente. O dentista a agarrou pelo pescoço, tentou beijá-la e passou as mãos pelo seu corpo. Após a tentativa de abuso, ofereceu dinheiro para silenciá-la.
Outra funcionária relatou que sofreu assédio constante por anos, incluindo toques inapropriados e investidas agressivas. O dentista só parou de tentar beijá-la à força depois que ela passou a gritar sempre que ele se aproximava.
Outra paciente contou que, durante uma consulta, o profissional trancou a porta do consultório e passou a elogiá-la exageradamente. Ao final do atendimento, deu um tapa forte em sua região íntima, deixando-a atordoada.
O dentista já havia sido acusado anteriormente de estupro dentro do consultório, além de perseguição e violência doméstica contra uma ex-companheira. Segundo a polícia, ele se aproveitava da posição de autoridade para abusar de mulheres em um ambiente onde deveriam estar seguras.
A PCDF solicita que eventuais novas vítimas ou pessoas com informações sobre o caso entrem em contato pelo telefone 197 ou procurem a 5ª DP. O sigilo das denúncias será preservado.