Cães e gatos podem desenvolver tumores de pele, com causas variadas, incluindo genéticas e exposição à radiação solar, especialmente no verão, quando a radiação ultravioleta é mais intensa. Esses animais têm diferentes tipos de tumores, mas dois comuns para ambos são o carcinoma de células escamosas e o hemangiossarcoma cutâneo.
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A professora Juliany Gomes Quitzan, do Departamento de Cirurgia Veterinária da Unesp, explica que "a luz solar pode induzir alguns tipos de tumor de pele em cães ou gatos, principalmente em áreas com pele clara ou pelagem menos densa".
Gatos de pelagem branca e cães com pelagem clara em áreas como a barriga devem ter cuidados especiais. "A radiação ultravioleta é um fator importante, pois não é simples aplicar protetores solares em animais, que tendem a lamber os produtos", salienta. Por isso, é essencial evitar a exposição ao sol.
Cães também podem desenvolver o mastocitoma, enquanto os gatos são mais afetados pelos sarcomas, tumores que afetam a pele e os tecidos abaixo dela. Os tutores devem observar feridas que não cicatrizam ou que aumentam de tamanho, principalmente em regiões improváveis de lesões externas.
"É comum confundir a aparência inicial do tumor com uma ferida e postergar a consulta ao veterinário, mas tratar na fase inicial é mais eficaz", alerta a professora. Alguns tumores podem aparecer como nódulos. Um nódulo que cresce ou rompe a pele pode ser um tumor. "Qualquer ondulação na pele deve ser investigada, mesmo que pareça pequena e indolor. O mastocitoma, por exemplo, é uma forma comum de tumor de pele em cães", afirma Juliany.
Segundo a especialista, os tumores de pele podem ser malignos ou benignos, sendo que os malignos se multiplicam rapidamente e podem se espalhar para outras partes do corpo. A remoção precoce é crucial para aumentar as chances de cura.
O tratamento dos tumores de pele é cirúrgico, com a remoção precoce sendo fundamental para tumores malignos.
A professora Juliany explica que, para malignos, é necessário remover uma área maior de pele, enquanto os benignos exigem apenas a remoção da lesão.
A escolha do tratamento depende de diversos fatores, como o estágio da doença e a saúde geral do animal.
Em alguns casos, quimioterapia e eletroquimioterapia podem ser indicadas, especialmente para carcinoma de células escamosas. A radioterapia, embora disponível, é limitada no Brasil e tem alto custo.