Um estudo conduzido pela Universidade da Califórnia-São Francisco e publicado no Journal of Alzheimer’s Disease aponta que o uso recorrente de medicamentos como zolpidem, clonazepam, diazepam e antidepressivos pode aumentar o risco de demência em até 79%. A pesquisa, que acompanhou cerca de três mil idosos por nove anos.
Saiba Mais:
Risco de demência
Os pesquisadores observaram que 20% dos participantes desenvolveram demência durante o período do estudo, sendo o uso frequente de medicamentos para dormir um fator significativo entre os afetados.
Além disso, o estudo sugere que certos medicamentos para dormir podem apresentar riscos distintos em relação ao desenvolvimento de demência. O principal autor, Yue Leng, afirmou que pacientes com problemas de sono devem considerar alternativas ao uso de medicamentos, destacando a terapia cognitivo-comportamental como o tratamento preferencial para a insônia.
Outras evidências
Estudos anteriores, como o de 2015 sobre o zolpidem, já haviam indicado uma associação entre o uso desse medicamento e o aumento do risco de demência, especialmente em idosos com condições de saúde como hipertensão, diabetes e acidente vascular cerebral. O zolpidem, classificado como um hipnótico não benzodiazepínico, é utilizado para tratar a insônia, mas deve ser usado com cautela devido ao risco de dependência.
Zolpidem
O Zolpidem é um medicamento que pertence à classe das drogas conhecidas como hipnóticos não benzodiazepínicos. Ele é usado principalmente para tratar a insônia, ajudando as pessoas a adormecerem mais rapidamente e a terem um sono mais prolongado.
O medicamento vem na forma de comprimidos, e só está disponível mediante receita médica.
É importante observar que o zolpidem é projetado para uso a curto prazo, geralmente por algumas semanas, para evitar o desenvolvimento de tolerância e dependência.