Com a saca do café sendo vendida a preços nunca antes visto desde a criação do Plano Real, o cafezinho ficou "amargo" para o cliente que busca o produto nas prateleiras de supermercados e padarias. Em Franca, o pacote de meio quilo da bebida consumida por nove a cada 10 brasileiros beira os R$ 30. Há supermercado limitando a quantidade de pacotes comprados por clientes a cinco.
Segundo a Associação Brasileira da Indústria do Café, o Brasil é o maior produtor e exportador de café do mundo e o segundo maior consumidor, perdendo apenas paro os Estados Unidos. Com a seca e as queimadas no inverno, o valor disparou. A saca de 60 kg era vendida a R$ 2.280 nessa segunda-feira, 23, em Franca. Há um ano, a saca custava R$ 1.020.
O aumento do preço de compra para o consumidor pode ser considerado por mais um fator, além da questão climática. A desvalorização do real perante ao dólar também ajuda a explicar este valor recorde.
Em um supermercado de Franca, o café chegou a ser limitado a cinco unidades por cliente, na segunda-feira, 23. Um comunicado foi exposto na prateleira dedicada aos cafés. O motivo era uma promoção, que já foi encerrada.
Em outro supermercado, os preços variam de R$ 14 o pacote mais barato, de 250 g, até a R$ 29,90 o pacote com 500 g. Também tem opções no preço de R$ 24,95.
Elza Barros estava escolhendo qual comprar na tarde dessa segunda-feira, 23. Ela analisou com calma qual escolher e observou os preços, dizendo: “está caro, muito caro”.
“Meu marido que vem comprar, mas era em média R$ 20, R$ 22, agora amentou quase R$ 5. Aumentou, aliás tudo aumentou e acho que vai aumentar mais”, disse Elza.