O Diário Oficial de Campinas publicou nesta sexta-feira (6) o aviso de licitação para a construção do reservatório RS-1, popularmente conhecido como piscinão da Praça da Ópera, localizado no Centro da cidade. A obra, estimada em R$ 130 milhões, visa enfrentar os frequentes problemas de alagamentos na região, especialmente na avenida Orosimbo Maia, um dos pontos críticos de enchentes no município.
O edital estará disponível a partir de segunda-feira (9), e os envelopes com as propostas serão abertos em 22 de janeiro de 2025. Este é o segundo reservatório do plano de macrodrenagem da Prefeitura de Campinas, sendo que o primeiro, o RP-1, na região do Jardim Paranapanema, já está em fase inicial de execução.
Com capacidade para armazenar 75 mil metros cúbicos de água, o reservatório RS-1 será construído na bacia do córrego Serafim, que abrange uma área de 7,84 quilômetros quadrados. O projeto prevê a instalação de duas células circulares com 45 metros de diâmetro e 22 metros de profundidade cada. Além disso, uma galeria de desvio será implementada para captar águas pluviais da rua Delphino Cintra e redirecioná-las ao reservatório.
O piscinão será localizado na Praça da Ópera, entre as avenidas Senador Saraiva, João Penido Burnier e a rua Jorge de Miranda, próximo ao Mercado Municipal. A região é considerada estratégica por estar em uma das áreas mais impactadas pelas enchentes na cidade.
Segundo o secretário municipal de Infraestrutura, Carlos José Barreiro, a obra deve trazer benefícios significativos para a redução de alagamentos na avenida Orosimbo Maia e áreas adjacentes. "Nossa expectativa é que o RS-1 seja um marco na contenção de enchentes nessa região central de Campinas", afirmou Barreiro.
O plano de macrodrenagem de Campinas também inclui o reservatório RP-1, em construção na bacia do córrego Proença, no Jardim Paranapanema. Com um orçamento de R$ 206 milhões, o projeto está programado para ser concluído até julho de 2026. Atualmente, a obra avança com a instalação de galerias de desvio e paredes-diafragma, etapas fundamentais para o início da escavação do reservatório.
A construção dos piscinões integra um plano mais amplo para o controle de enchentes na região central de Campinas, abrangendo oito intervenções nas bacias dos córregos Serafim e Proença. O município conta com financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para a execução das obras, com investimentos iniciais de R$ 559,6 milhões, dos quais R$ 503 milhões são provenientes do BNDES e R$ 55,9 milhões de contrapartida municipal.
O plano total, com etapas futuras, prevê um investimento estimado em R$ 1 bilhão