O Alzheimer é a forma mais comum de demência neurodegenerativa, afetando principalmente a população idosa, geralmente a partir dos 65 anos, de acordo com o Ministério da Saúde. No entanto, há casos raros em que a doença se manifesta mais cedo, entre os 40 e 50 anos, sendo denominada Alzheimer precoce. Essa variante pode surgir mesmo em indivíduos sem histórico familiar da doença, conforme explicam especialistas da área.
Especialistas apontam que, além da idade, outros fatores contribuem para o desenvolvimento da doença de forma precoce:
Doenças cardiovasculares: Condições como hipertensão e diabetes aumentam o risco de Alzheimer precoce.
Sedentarismo e obesidade: A falta de atividades físicas regulares e o excesso de peso estão associados a um maior risco.
Qualidade do sono: Distúrbios como apneia e insônia comprometem a fase profunda do sono, favorecendo o acúmulo de proteínas no cérebro que contribuem para a doença.
Embora os sintomas do Alzheimer precoce e tardio sejam semelhantes, eles podem se manifestar de formas distintas em pessoas mais jovens. Entre os principais sinais, destacam-se:
Dificuldades na linguagem: Pessoas mais jovens podem apresentar dificuldades para encontrar palavras ou desenvolver afasia, que afeta a capacidade de compreensão e comunicação.
Mudanças comportamentais: Alterações no comportamento podem ocorrer antes de outros sinais mais comuns em idosos, como problemas de memória.
Dificuldades visuais: Embora menos frequente, problemas de visão podem ser um sintoma inicial em alguns casos.
Problemas de memória: Podem surgir como um primeiro sinal, mas, em geral, a linguagem rapidamente se torna um desafio maior.
O diagnóstico do Alzheimer precoce é realizado por meio de avaliação clínica dos sintomas e do histórico pessoal e familiar, além de exames de imagem (como tomografia e ressonância magnética) e exames de sangue para detectar biomarcadores, como as proteínas beta-amiloide 42 e 40. O tratamento inclui medicamentos para estabilizar os sintomas e melhorar a qualidade de vida. Entre os remédios recomendados estão a Rivastigmina, disponível nas unidades de saúde, e outras opções como donepezila, galantamina e memantina.
O apoio psicológico e a terapia cognitiva são também fundamentais para ajudar os pacientes a manterem funções cognitivas, a memória e a capacidade de realizar tarefas diárias.
A prevenção do Alzheimer precoce envolve evitar fatores de risco. Especialistas recomendam:
Adotar uma dieta equilibrada e rica em nutrientes.
Praticar atividade física regularmente, contribuindo para a saúde cardiovascular e cerebral.
Melhorar a qualidade do sono e tratar distúrbios como insônia e apneia.
Evitar o tabagismo e o consumo excessivo de álcool, que aumentam o risco de doenças neurológicas.
Tratar condições cardiovasculares e metabólicas, como hipertensão e diabetes, que estão ligadas ao desenvolvimento de demência.
A adoção de um estilo de vida saudável é uma ferramenta poderosa para reduzir o risco de Alzheimer e outras condições neurodegenerativas, especialmente em sua forma precoce.