20 de novembro de 2024
ATENÇÃO AOS SINTOMAS

Alzheimer precoce: sinais podem surgir até antes dos 50 anos

Por Da Redação |
| Tempo de leitura: 2 min

O Alzheimer é a forma mais comum de demência neurodegenerativa, afetando principalmente a população idosa, geralmente a partir dos 65 anos, de acordo com o Ministério da Saúde. No entanto, há casos raros em que a doença se manifesta mais cedo, entre os 40 e 50 anos, sendo denominada Alzheimer precoce. Essa variante pode surgir mesmo em indivíduos sem histórico familiar da doença, conforme explicam especialistas da área.

Fatores de Risco para o Alzheimer Precoce

Especialistas apontam que, além da idade, outros fatores contribuem para o desenvolvimento da doença de forma precoce:

Doenças cardiovasculares: Condições como hipertensão e diabetes aumentam o risco de Alzheimer precoce.

Sedentarismo e obesidade: A falta de atividades físicas regulares e o excesso de peso estão associados a um maior risco.

Qualidade do sono: Distúrbios como apneia e insônia comprometem a fase profunda do sono, favorecendo o acúmulo de proteínas no cérebro que contribuem para a doença.

Principais Sinais e Sintomas do Alzheimer Precoce

Embora os sintomas do Alzheimer precoce e tardio sejam semelhantes, eles podem se manifestar de formas distintas em pessoas mais jovens. Entre os principais sinais, destacam-se:

Dificuldades na linguagem: Pessoas mais jovens podem apresentar dificuldades para encontrar palavras ou desenvolver afasia, que afeta a capacidade de compreensão e comunicação.

Mudanças comportamentais: Alterações no comportamento podem ocorrer antes de outros sinais mais comuns em idosos, como problemas de memória.

Dificuldades visuais: Embora menos frequente, problemas de visão podem ser um sintoma inicial em alguns casos.

Problemas de memória: Podem surgir como um primeiro sinal, mas, em geral, a linguagem rapidamente se torna um desafio maior.

Diagnóstico e Tratamento

O diagnóstico do Alzheimer precoce é realizado por meio de avaliação clínica dos sintomas e do histórico pessoal e familiar, além de exames de imagem (como tomografia e ressonância magnética) e exames de sangue para detectar biomarcadores, como as proteínas beta-amiloide 42 e 40. O tratamento inclui medicamentos para estabilizar os sintomas e melhorar a qualidade de vida. Entre os remédios recomendados estão a Rivastigmina, disponível nas unidades de saúde, e outras opções como donepezila, galantamina e memantina.

O apoio psicológico e a terapia cognitiva são também fundamentais para ajudar os pacientes a manterem funções cognitivas, a memória e a capacidade de realizar tarefas diárias.

Medidas de Prevenção

A prevenção do Alzheimer precoce envolve evitar fatores de risco. Especialistas recomendam:

Adotar uma dieta equilibrada e rica em nutrientes.

Praticar atividade física regularmente, contribuindo para a saúde cardiovascular e cerebral.

Melhorar a qualidade do sono e tratar distúrbios como insônia e apneia.

Evitar o tabagismo e o consumo excessivo de álcool, que aumentam o risco de doenças neurológicas.

Tratar condições cardiovasculares e metabólicas, como hipertensão e diabetes, que estão ligadas ao desenvolvimento de demência.

A adoção de um estilo de vida saudável é uma ferramenta poderosa para reduzir o risco de Alzheimer e outras condições neurodegenerativas, especialmente em sua forma precoce.