Em 2023, Campinas registrou 548 mortes causadas por acidente vascular cerebral (AVC), representando 6,3% do total de óbitos na cidade. Esse número reforça a urgência da prevenção e tratamento dessa condição, que afeta um em cada quatro brasileiros ao longo da vida, conforme dados da Sociedade Brasileira de Doenças Cerebrovasculares.
O AVC é classificado como isquêmico ou hemorrágico, sendo o tipo isquêmico responsável por 85% dos casos. Na forma isquêmica, o fluxo sanguíneo para o cérebro é reduzido ou interrompido, enquanto no hemorrágico há ruptura dos vasos sanguíneos. Identificar e tratar o AVC em até 4h30 após os primeiros sintomas aumenta em 30% as chances de recuperação.
Para enfrentar esse desafio de saúde pública, a Secretaria de Saúde de Campinas lançou a Linha de Cuidado em AVC em parceria com a Rede Mário Gatti, Unicamp e PUC-Campinas. A iniciativa visa otimizar o atendimento pelo SUS, focando em prevenção, tratamento e reabilitação.
Em alusão ao Dia Mundial do AVC, uma ação especial será realizada nesta terça-feira (29), no Paço Municipal. Das 8h às 12h, equipes de saúde oferecerão avaliação gratuita para detectar o risco de AVC, com análise de histórico familiar, hábitos de vida e controle de doenças crônicas. A ação faz parte da Semana Municipal de Prevenção ao AVC, instituída em 2012.
A coordenadora de Saúde do Adulto e Idoso, Camila Monteiro Gonçalves Dias Silva, ressaltou a importância do “envelhecimento ativo”, conceito que promove saúde e independência na terceira idade. “Envolve a manutenção da saúde física, mental e espiritual, a promoção de atividades sociais e a inclusão na comunidade. O objetivo é melhorar a qualidade de vida, incentivando a autonomia e o acesso a recursos para um envelhecimento saudável.”
Além das avaliações, Campinas intensificou ações de conscientização, visto que 90% dos fatores de risco para AVC, como hipertensão, diabetes, sedentarismo e tabagismo, são evitáveis com hábitos saudáveis.