Na noite de sexta-feira (25), um empresário de 59 anos foi preso em flagrante enquanto distribuía material difamatório contra o candidato a prefeito Helinho Zanatta. Após o ocorrido, Zanatta convocou uma entrevista coletiva na manhã deste sábado (26) para comentar o caso, acompanhado do candidato a vice, Sergio Pacheco, e do deputado estadual Alex Madureira.
Durante a coletiva, Zanatta lamentou o episódio e destacou que os ataques não são recentes. “Esta campanha suja começou bem antes. Lamentavelmente, estamos sofrendo ataques de fake news há muito tempo, principalmente pelo WhatsApp. Desde o começo venho alertando sobre isso”, afirmou.
Segundo o candidato, moradores que receberam o material difamatório na noite de sexta denunciaram a situação. O folheto, impresso, era distribuído de porta em porta. A Polícia Militar foi chamada e levou o empresário, proprietário da gráfica, e mais duas pessoas envolvidas na distribuição até a delegacia.
Um boletim de ocorrência foi registrado com base no código eleitoral, citando a divulgação de informações falsas sobre partidos ou candidatos. Após prestar depoimento, o empresário assinou um termo de compromisso para comparecimento em juízo e foi liberado.
Zanatta criticou o uso de campanhas baseadas em desinformação: “É lamentável que, em uma região metropolitana tão desenvolvida, que representa a 13ª economia do estado, ainda tenhamos essa metodologia de campanha suja, baseada em inverdades e fake news. Piracicaba não pode mais permanecer nessa velha política”.
O deputado estadual Alex Madureira, que apoia Helinho no segundo turno das eleições, acompanhou a situação desde a madrugada de sexta-feira e também participou da coletiva. “O que ocorreu foi lamentável. Acionamos as autoridades competentes e acreditamos que a apuração desses fatos será feita com brevidade. O boletim de ocorrência será encaminhado à Polícia Federal para investigação, buscando identificar a origem desse material”, explicou Madureira. “Hoje isso acontece com o Helinho, mas poderia acontecer com qualquer outra pessoa, assim como já ocorreu em 2020”, acrescentou, reforçando a necessidade de envolver a Polícia Federal para evitar novas ocorrências.
Helinho Zanatta também comentou sobre ataques direcionados ao seu candidato a vice, Sergio Pacheco. “É inconcebível uma situação como esta, com material mentiroso que prejudica a imagem de famílias, de pessoas de bem e da própria cidade. É a velha política ainda imperando em Piracicaba. Nossa cidade precisa ficar livre desse passado”, desabafou. O advogado Fábio Dionísio informou que uma ação de busca e apreensão está sendo preparada, além de um pedido de investigação judicial eleitoral, com o objetivo de identificar os responsáveis pelo ato ilícito.
“Essas ações serão protocoladas ainda hoje”, afirmou Dionísio. Além da prática de crime eleitoral, o advogado destacou a possibilidade de crime fiscal, já que o empresário responsável pela distribuição do material confessou ter recebido o pagamento em dinheiro vivo, sem emissão de nota fiscal. Sobre as possíveis consequências, Dionísio explicou que pode ocorrer cassação de mandato, caso seja comprovada a participação da frente concorrente. “Estamos reunindo os elementos para a investigação eleitoral e vamos identificar quem financiou essa ação. Não temos dúvidas sobre a quem interessa um material como esse”, concluiu o advogado.