A Câmara Municipal de Piracicaba realizará no dia 6 de novembro uma roda de conversa intitulada "60 anos da queda do Comurba: história e relatos pessoais". O evento será realizado das 14h às 17h, no Museu Prudente de Moraes, na Rua Santo Antônio, nº 641, Centro. A inciativa é da Escola do Legislativo “Antonio Carlos Danelon - Totó Danelon”.
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O encontro é voltado para profissionais, pesquisadores, estudantes de história, memória e cultura, além do público em geral. Serão discutidos aspectos históricos do desabamento do Edifício Luiz de Queiroz, que ocorreu há seis décadas e é um dos eventos mais trágicos da história de Piracicaba. Relatos pessoais de pessoas que viveram a tragédia também farão parte da programação.
Entre os participantes estão a professora aposentada Áurea Amélia Pitta Rocha, o jornalista Edson Rontani Júnior e o engenheiro-agrônomo Epaminondas Sansígolo de Barros Ferraz. A mediação ficará a cargo do vereador Pedro Kawai, diretor da Escola do Legislativo.
MEMORIAL
Também para marcar os 60 anos da tragédia, um marco em memória das vítimas do desabamento do Comurba foi aprovado pela Câmara Municipal. O projeto, de autoria da vereadora Silvia Morales (Mandato Coletivo), propõe a instalação de um monumento na Praça José Bonifácio, onde o edifício estava localizado.
O memorial contará com uma placa alusiva ao desabamento, que trará a data do ocorrido e o nome das vítimas. A proposta também prevê uma exposição de registros da época, como fotos do edifício e documentos históricos. O projeto agora segue para análise do Executivo.
A TRAGÉDIA
O desabamento do Edifício Luiz de Queiroz, mais conhecido como Comurba, ocorreu em 6 de novembro de 1964. É considerado a maior tragédia da história de Piracicaba. Localizado onde, atualmente, funciona a Caixa Econômica Federal, na Praça José Bonifácio, o edifício tinha 54 apartamentos, lojas, escritórios, um cinema e garagem. No total, ocupava 22 mil metros quadrados e, na época, era o maior prédio do interior paulista.
A queda aconteceu por volta das 13h35. O desastre resultou na morte de 54 pessoas, e as causas exatas nunca foram completamente esclarecidas, mas especula-se que materiais de baixa qualidade e erros de cálculo tenham contribuído para o colapso.