O Furacão Milton atingiu o estado da Flórida, nos Estados Unidos, na madrugada desta quinta-feira (10). De acordo com o governo dos Estados Unidos, o furacão é um dos mais potentes das últimas décadas. Apesar da intensidade, a tempestade tocou o solo como categoria 3 e caiu para categoria 1 durante a madrugada. Ainda de acordo com o governo dos Estados Unidos, cidades da Flórida sofrem com enchentes e ao menos 3,2 milhões de pontos estão sem energia.
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Nascida em Piracicaba, Leise Emerique vive na região central da Flórida há três anos, e conta que a área onde ela vive sofreu com intensos ventos e chuvas. Para se proteger dentro de casa, precisou procurar abrigo longe das janelas. “Eu tirei tudo do meu armário, que é grande, e fiz uma cama lá dentro. Coloquei a casinha na minha cachorra lá dentro também e dormimos lá, com a porta do armário fechada, pra ficarmos longe das janelas”, disse. “Não dormi muito, pois de madrugada o vento era muito forte, senti o prédio ‘balançar’ um pouco com o vento, era como se tivesse passando uma caminhão no telhado”, contou.
Leise conta, ainda, que as rajadas de vento mais fortes aconteceram entre 22h de quarta-feira e 3h de quinta-feira, no horário local. “Acho que o furacão continuou seguindo para a costa Leste/Oceano Atlântico. Hoje ainda está chuva e bastante vento, mas nem se compra com como estava ontem”, disse.
Vivendo na Flórida há 20 anos, a piracicabana conta, ainda, que já passou por outros momentos de tensão em outros furacões. Para ela, o Milton foi o mais forte até então. “Esse foi o mais forte de todos, levando em consideração o tanto de tornados gerados pelo furacão, o tanto de chuva que caiu e a força dos ventos”, disse. “Eu já morei em casa antes, mais para o Norte da Flórida, há anos atrás, e caiu árvores no quintal e danificou bastante o telhado, o seguro da casa pagou um telhado novo na época”, contou.
“É triste e a gente fica aflito. Não dá pra saber de onde vem o vento, se o furacão vai mudar de rumo. Eles ficam mostrando as últimas informações meteorológicas na tv direto, pois as coisas podem mudar em uma questão de horas”, disse. “O negócio é se preparar e agir quando necessário. Saber se você vai ficar ou vai evacuar a área onde você mora, seguindo as recomendações do governo”, comentou Leise.
“Mesmo com todos os preparativos, estamos lidando com os elementos e algumas coisas que não podemos controlar, então é bom se preparar, melhor prevenir do que remediar, mas tudo sem pânico. Mas sempre dá um pouco de ansiedade sim, principalmente quando eh a noite, a gente não dorme direito e fica torcendo pra passar logo”, finalizou.