As temperaturas elevadas registradas nas últimas semanas em Franca estão provocando desconforto para os alunos da Escola Estadual Professora Helena Cury Tacca, localizada no Jardim Tropical, na região norte da cidade.
A reclamação é de que, embora haja um ar-condicionado nas salas de aula, segundo a direção ele não pode ser ligado, deixando assim os estudantes em uma "sauna" durante os períodos mais quentes do dia.
Com isso, o calor excessivo, acima da média para o período, vem causando transtornos para os escolares. Muitos afirmam que, não suportando a temperatura, pedem para os pais ou responsáveis buscá-los na unidade escolar, ou acabam passando mal durante as aulas. "Às vezes, até a água falta na escola. Já fizeram abaixo-assinado, os alunos já tentaram se mobilizar, mas não tivemos força", relata uma jovem de 16 anos.
Os alunos também relatam que os bebedouros estão quebrados, o que impossibilita que todos se mantenham hidratados, como recomendado para o período quente na região. Ventiladores estão queimados e há meses não funcionam. Os estudantes afirmam que usam folhas ou capas de caderno para se abanarem e aliviar o desconforto. O colégio funciona em três períodos: matutino, vespertino e noturno. O período da tarde é considerado o pior para os estudantes, mas à noite as salas continuam quentes devido ao calor acumulado durante o dia.
A reportagem do portal GCN/Sampi entrou em contato com a direção da unidade escolar e com a Secretaria da Educação do Estado de São Paulo (Seduc), na manhã desta sexta-feira, 27. Após a publicação da matéria, a Seduc encaminhou a seguinte nota:
"A Diretoria de Ensino de Franca informa que os aparelhos de ar-condicionado instalados na referida escola aguardam a finalização do processo de adaptação da rede elétrica para que todos funcionem, bem como dos 17 ventiladores existentes nas salas de aula da unidade, apenas dois necessitam de reparo. Tanto a adaptação da rede elétrica, quanto a manutenção dos ventiladores têm previsão de conclusão na próxima semana".
A secretaria adicionou ainda que foram investidos R$ 37,6 milhões este ano na adaptação das redes elétricas de 323 escolas estaduais para a instalação de equipamentos de ar-condicionado. Na região das Diretorias de Ensino de Franca e São Joaquim da Barra, há a previsão de climatizar 51 novas escolas até fevereiro de 2025. Destas, 16 unidades já receberam tanto os serviços da adequação da rede elétrica, quanto a instalação do equipamento.
"No contexto pedagógico, a pasta frequentemente recomenda que aulas de Educação Física sejam leves e a hidratação frequente; a exposição ao sol deve ser evitada, principalmente entre as 10h e 16h, quando as temperaturas estão mais elevadas; e, se for necessário, o professor pode optar por dar aulas sem esforço físico. As escolas também são orientadas a identificar sinais de insolação ou desidratação em alunos, professores e colaboradores, bem como a acionar o serviço de saúde", finaliza a nota da Seduc-SP.
Matéria atualizada às 20h56