A advogada e influenciadora Deolane Bezerra e sua mãe, Solange Alves Bezerra Santos, foram presas no dia 4 de setembro, acusadas de integrarem uma organização criminosa envolvida em jogos ilegais e lavagem de dinheiro, conforme investigação da Polícia Civil de Pernambuco. A operação revelou que o grupo utilizava a técnica de "smurfing" — movimentação de valores fracionados para dificultar o rastreamento —, um método também utilizado pelo PCC.
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Relatórios do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) indicaram que Deolane e outros envolvidos realizaram transações financeiras atípicas com 34 empresas e pessoas físicas. A investigação aponta que os lucros provenientes de atividades ilícitas eram lavados por meio da compra de imóveis, carros de luxo e loterias.
Deolane, que ostentava veículos de luxo nas redes sociais, foi presa, liberada para responder às acusações em liberdade, mas voltou a ser detida após descumprir uma medida cautelar ao dar entrevistas à imprensa. Ela e sua mãe foram presas preventivamente durante a Operação Integration, em uma ação que reforçou os indícios de lavagem de dinheiro e associação criminosa.
O Coaf detectou movimentações financeiras incompatíveis na conta de Solange, que, apesar de declarar renda mensal de R$ 10 mil, movimentou quase R$ 480 mil entre dezembro de 2022 e janeiro de 2023. Além disso, Solange é apontada como sócia de duas empresas, apesar de não ter registros profissionais.
A defesa de ambas entrou com pedido de habeas corpus, resultando na prisão domiciliar de Deolane, sob a justificativa de ser mãe de uma criança de 8 anos, enquanto Solange permanece presa. A decisão foi baseada em precedentes legais que permitem prisão domiciliar para mães de crianças pequenas. A investigação segue em andamento, com foco na conexão das duas com apostas ilegais usadas para lavar dinheiro de crimes.
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