Morreu na noite da última terça-feira o zagueiro Juan Izquierdo, de 27 anos, do Nacional de Montevidéu, que passou mal durante um jogo da Copa Libertadores da América contra o São Paulo no MorumBis, no último dia 22 de agosto. O momento em que o jogador passa mal em campo e cai no chão foi registrado pelas câmeras da transmissão oficial do jogo.
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Nas imagens, é possível ver que o jogador passa mal e os outros atletas pedem a entrada da ambulância no gramado. Izquierdo sofreu uma parada cardíaca ao sair do campo. O zagueiro uruguaio chegou a ser atendido e ficou internado no Hospital Israelita Albert Einstein, onde faleceu na noite de terça-feira. Segundo o boletim médico, a morte do jogador foi causada por uma arritmia cardíaca, que fez com que seu coração parasse.
De acordo com o Ministério da Sáude, a arritmia cardíaca é uma condição causada pela falta de ritmo nos batimentos do coração. Ela pode ser um sintoma de algum problema de saúde já existente ou desequilíbrio do próprio órgão. Ainda segundo o ministério, dentro do quadro de arritmia existem as taquicardias, que acontecem quando o ritmo do coração é acelerado, e as bradicardias, que é o ritmo de batimento muito lento. Ambos os tipos podem se agravar e levar à uma parada cardíaca.
Segundo o Hospital Israelita Albert Einstein, onde o jogador uruguaio foi atendido, as arritmias podem se originar na parte superior do coração (átrios ou supraventriculares), ou inferior (ventrículos). “Dentre as arritmias supraventriculares destacam-se as extra-sístoles atriais; as taquicardias paroxísticas (curtos circuitos no coração), vias acessórias (Wolf-Parkinson-White), taquicardia atrial, flutter e fibrilação atrial. A fibrilação atrial é bastante frequente na prática clínica. Trata-se de uma alteração no ritmo cardíaco caracterizada por contrações rápidas e não coordenadas dos átrios, que atinge boa parte da população, especialmente na terceira idade”, informou o hospital.
“Nos ventrículos, a mais frequente é a extra-sístole, batida anormal que se assemelha a uma falha ou tranco no coração, que geralmente não necessita tratamento. Já a taquicardia ventricular pode, em algumas situações, prejudicar o funcionamento do coração, resultando em sensação de batedeira, tontura e até desmaios, requerendo atendimento imediato. Em casos extremos ela pode levar à parada cardíaca e morte cardíaca súbita”, completou. O diagnóstico precoce é fundamental.
Ainda segundo as informações fornecidas pelo hospital, a maioria dos casos de arritmia não têm causa bem definida e podem ser, inclusive, um problema de nascença. Outros casos são decorrentes de problemas no músculo do coração, como infarto, insuficiência cardíaca ou doença de Chagas, por exemplo.
As doenças das válvulas do coração também costumam ser uma causa. Além disso, medicamentos ou disfunções da tireoide, anemia, desidratação, infecções, estresse, atividades físicas exageradas e ansiedade, por exemplo, também podem causar o problema.