A falta de ortopedista na rede pública municipal gerou filas e obrigou a COT (Central de Ortopedia e Traumatologia) a priorizar casos mais graves para o atendimento nesta quinta-feira (08). Pacientes com traumas menos graves foram orientados a buscar atendimento nas UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) ou voltar mais tarde.
“Fratura, amputação, luxação não tem problema. Dor crônica, atestado, torcicolo eu não tenho condições de atender. Espero que vocês me entendam”, disse o médico aos pacientes que aguardavam atendimento. Ele era o único ortopedista trabalhando ontem na unidade. Outros dois pediram exoneração.
“Minha esposa bateu o braço, ontem (quarta-feira), em casa e não aguenta de dor. Tentamos um medicamento em casa mas não resolveu. Aí vem aqui no COT e tem só um médico atendendo”, disse o marido de uma paciente. Moradora do bairro Tupi levou o filho que havia batido o joelho, mas saiu da unidade sem atendimento. “Eles não vão atender porque só está com um médico. Ela (a atendente) disse para procurar a UPA ou voltar mais tarde”, disse ela.
Um estudante, de Santa Bárbara d´Oeste, sofreu uma fratura na perna jogando basquete na escola. Apesar de morar em outra cidade, ele procurou atendimento em Piracicaba. No caso dele, foi colocado uma tala e ele deverá voltar ao médico em 15 dias.
A Prefeitura foi questionada sobre a falta de médicos e confirmou que a COT realizou atendimentos amarelos e vermelhos até as 19h desta quinta, quando a situação estaria normalizada. “É importante ressaltar que os pacientes com traumas podem procurar diretamente as UPAs”. A Prefeitura informa ainda que abriu concurso para médicos e afirmou que há uma empresa que faz a cobertura de plantões, mas que esta está com dificuldades para encontrar ortopedistas. A empresa já foi notificada para cumprimento do contrato e há procedimento administrativo em andamento.
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