Uma nova mortandade de peixes foi registrada no Rio Piracicaba na madrugada desta terça-feira (23). Os peixes foram encontrados mortos ou agonizando na região da avenida Cruzeiro do Sul a cerca de 8 quilômetros do ponto onde no último dia 7 de julho teve início a mortandade de peixes que chegou ao Tanquã e matou cerca de 100 toneladas de peixes.
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Em nota, a Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo) informou que apura se os peixes morreram após o lançamento de efluentes da ETA (Estação de Tratamento de Água) Luiz de Queiroz, onde uma inspeção foi feita. “A Cetesb acompanha, desde a noite de ontem (22), a situação no Rio Piracicaba, que apresenta baixos níveis de oxigênio dissolvido na água. Durante a madrugada de hoje (23), técnicos realizaram uma vistoria, coletando amostras de água e de peixes no local”, informou a Cetesb. “Além disso, uma inspeção foi feita na Estação de Tratamento de Água Luiz de Queiroz, da Semae, onde foi constatado o lançamento irregular de efluentes. Novas amostras desses efluentes foram coletadas para análise. Assim que a análise dos laudos for concluída, a Companhia Ambiental adotará as medidas administrativas necessárias”, completou. O laudo da Cetesb, porém, ainda não foi concluído.
O Gaema (Grupo Especial de Defesa do Meio Ambiente), do Ministério Público, informou que também vai apurar o caso. “Há indícios de que a SEMAE descartou resíduos do esvaziamento de um tanque utilizado no processo de tratamento de água para abastecimento público. Representantes da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo, da Polícia Ambiental e do Instituto de Criminalística também estiveram no local”, informou o MP em nota. “A confirmação ou não de informações transmitidas ao Ministério Público durante a madrugada e na manhã desta terça dependerão dos resultados das análises de material coletado, bem como das oitivas de testemunhas e de operadores do sistema de tratamento de água do Semae”, completou.
O Semae foi questionado e negou que a morte dos peixes tenha sido causada por descarte irregular de efluentes da ETA. “O Semae informa que o material que chega ao rio Piracicaba é resultado da limpeza dos filtros e decantadores da ETA Luiz de Queiroz. Esse material é resultado da operação de tratamento de água, necessária para o abastecimento de 30% do município de Piracicaba. O Semae colheu amostras da água do rio Piracicaba e, após análises, não foram constatadas mudanças na oxigenação, portanto, o fato não causou a mortandade dos peixes”, afirmou. “A Prefeitura reforça que é imprescindível a continuação dos serviços da ETA para garantir o abastecimento de toda a população de Piracicaba. Diante disso, informa que será solicitada à Cetesb e ao Ministério Público uma reunião para solução do caso em conjunto”, completou o Semae em nota.