23 de julho de 2024
INVESTIGAÇÃO

Advogado morto em MG foi assassinado por cliente, diz polícia

da Folhapress
| Tempo de leitura: 1 min
Reprodução/Redes Sociais
O advogado Pedro Cassimiro Queiroz Mendonça

O advogado Pedro Cassimiro Queiroz Mendonça, 40, morto a tiros perto do fórum de Ibirité (MG), em maio, foi assassinado pelo próprio cliente, segundo informou a Polícia Civil nesta segunda-feira (22).

O suspeito de cometer o crime, de 37 anos, foi preso no sábado (20), no município de Papagaios, centro-oeste mineiro. A investigação aponta que ele disse à vítima que queria se reunir com ele para discutir "assuntos profissionais".

Houve um desentendimento entre os dois, disse o delegado Welington Faria. "O suspeito apresentava certa insatisfação com resultados da atuação do advogado", destacou.

A vítima e o suspeito também teriam divergido sobre um pagamento ao advogado. "Em um determinado processo, havia sido combinado um valor, contudo, o advogado, por realizar outro ato processual, acresceu os honorários, e isso gerou um atrito entre eles", acrescentou o delegado.

O cliente agiu sozinho e usou um veículo furtado, segundo a Polícia Civil.

O suspeito já havia sido indiciado por quatro homicídios e uma tentativa de homicídio. Ele também havia sido condenado por posse e porte ilegal de arma de fogo de uso restrito.

O inquérito policial, que tramita em sigilo, está em fase final para ser enviado à Justiça. O suspeito foi encaminhado ao sistema prisional.

Entenda o caso

Advogado foi assassinado perto de fórum. Pedro Cassimiro Queiroz Mendonça foi morto a tiros em uma rua a cerca de 200 metros do fórum da cidade de Ibirité, na região metropolitana de Belo Horizonte.

Mais de 23 tiros foram disparados, diz OAB. De acordo com Sérgio Leonardo, presidente da Ordem dos Advogados do Brasil em Minas Gerais, 23 tiros foram disparados contra a vítima.

Na época do crime, o presidente da OAB-MG disse repudiar "mais um ataque à advocacia". "Advogado foi literalmente executado à luz do dia", disse Sérgio Leonardo. A subseção no estado instaurou uma comissão para acompanhar o caso.