A Usina São José, investigada pela mortandade de peixes no Rio Piracicaba e no Tanquã, alegou que não foi o despejo de efluentes da produção industrial que causou a morte dos animais. Ao Ministério Público, o responsável pela empresa teria dito que o problema foi causado pelas más condições do tratamento de esgoto da cidade de Rio das Pedras. A informação foi confirmada pelo promotor de Justiça Ivan Carneiro Castanheiro.
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“Já houve a oitiva do representante da usina, que alegou que o problema da poluição é decorrente das más condições do tratamento de esgoto de Rio das Pedras, que não seria o extravasamento deles que gerou a mortandade de peixes, o que a gente discorda frontalmente”, disse. “A mortandade foi quase que imediata, na sequência, poucas horas depois desse extravasamento na usina”, citou. “A Cetesb aguarda a conclusão das análises laboratoriais das amostras recolhidas no Rio Piracicaba, para embasar o processo administrativo que definirá a penalidade a ser aplicada à Usina São José, produtora de açúcar e álcool”, completou a companhia.
Ainda segundo a Cetesb, foi identificado que a mancha de poluição causada pelo despejo dos efluentes comprometeu uma área até o chamado Córrego da Pinga, em Ibitiruna, zona rural de Piracicaba. "No dia 15/07, foi feita inspeção e medição de oxigênio dissolvido (OD) no Córrego da Pinga, confirmando que a contaminação atingiu também este curso d'água", informou.