26 de novembro de 2024
JOGO DA VIDA

Jogos de azar podem ter motivado assassinato na Paulista

Por André Thieful |
| Tempo de leitura: 2 min
Will Baldine/JP
Delegados Juliana Ricci, William Marchi, o promotor Aluísio Maciel Neto e o Tenente Lavezzo, do Baep

O Ministério Público suspeita que a exploração de jogos de azar tenha sido o motivo do assassinato de Felipe Roberto Casale, ocorrido no dia 15 de março, na rua Doutor Edgard Conceição, no bairro Paulista. A informação é do promotor de Justiça Aluisio Maciel Neto. Nesta quinta-feira (09), o Ministério Público deflagrou a operação Jogo da Vida que resultou na prisão de três pessoas.

A investigação é da Polícia Civil e do Ministério Público e a operação de hoje (9), contou com  apoio do Baep (Batalhão de Ações Especiais de Polícia), que empenhou 12 viaturas, 46 policiais e dois cães. O cumprimento dos três mandados de prisão temporária e seis de busca e apreensão mobilizou 10 promotores de Justiça, dois delegados, quatro investigadores, escrivã e 48 PMs.

Das apreensões realizadas foram contabilizadas duas armas, 172 munições, seis acessórios de armas de fogo, R$ 310 mil em dinheiro, cerca de R$ 492 mil em cheques, cinco máquinas caça-níquel, 36 placas-mãe de computador, 215 aparelhos celulares sem procedência, duas bolsas com dezenas de chaves de máquinas caça-níquel, planilhas e diversas anotações da organização criminosa.

Os trabalhos foram realizados pela 2ª Promotoria de Justiça de Piracicaba, pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), pela 3ª Delegacia de Polícia de Investigações Sobre Homicídios da Deic (Divisão de Investigações Criminais) e Baep.

“Ela (a operação) resultou na prisão temporária de três suspeitos que estão sendo investigados no inquérito policial de envolvimento no homicídio que ocorreu no dia 15 de março. Existem suspeitas que esse crime ocorreu dentro de um contexto de disputa de pontos de jogos de azar, realizados em Piracicaba e um desses pontos seria liderado por uma organização criminosa que está sendo investigada”, disse o promotor.

A Polícia e o MP ainda apuram como teria sido a participação dos três suspeitos no assassinato. “A gente não pode cravar nesse momento qual a participação de cada um deles porque nós precisamos avaliar isso com calma, com segurança, com tranquilidade para que a gente consiga firmar com qual a responsabilidade de cada um deles”, disse. Os três suspeitos foram presos na manhã desta quinta (09). Eles já tem passagem por outros crimes como jogos de azar, corrupção de agentes públicos e lavagem de dinheiro. “É uma organização que está em atuação em Piracicaba há alguns anos”, afirma o promotor.

Clique para receber as principais notícias da cidade pelo WhatsApp.

Siga o Canal do JP no WhatsApp para mais conteúdo.

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

Uma publicação compartilhada por Jornal de Piracicaba - Oficial (@jpjornal)