As UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) de Piracicaba tiveram um dia de caos nesta segunda-feira (29). Em pelo menos três delas, nas unidades da Vila Resende, Vila Cristina e Vila Sônia, os usuários, no período da tarde, tomavam toda a área interna de espera e, em vários momentos do dia, esperavam pelo atendimento também do lado de fora da unidade.
Na UPA Frei Sigrist, na Vila Cristina, por volta das 16h30, uma mulher aguardava atendimento deitada no chão. Na ala de pediatria, uma criança aguardava atendimento desde o período da manhã. “Eu estou aqui na UPA desde 11h42, esperando pelo pediatra para atender minha sobrinha. Agora (às 16h25), eu perguntei quanto tempo levaria para ela ser atendida e a moça disse que ainda tinha 14 pessoas na frente”, disse uma usuária da UPA. Outra mulher levou a filha dela. “Eu estou acompanhando minha filha de cinco anos, ela está com tosse e falta de ar. Chegamos por volta das 11h50 e fui perguntar pra moça e ela disse que tem 15 crianças na frente ainda”, disse. Outra usuária estava na UPA desde 9h. “Estou com meu filho passando mal, ninguém atende”, disse.
Na UPA Nestor Longatto, na Vila Sônia, a espera era menor, mas os pacientes tomaram conta da calçada, porque a sala de espera pelo atendimento estava lotada. “É melhor ficar aqui fora, lá dentro está muito cheio e quente”, disse um paciente.
Questionada a Prefeitura informou que as unidades atendem dentro de sua capacidade de rotina com picos de procura da população devido a doenças classificadas como sazonais para esta época do ano como as síndromes respiratórias e a dengue. De acordo com nota enviada ao JP, nas UPAs o acolhimento dos pacientes é feito seguindo o protocolo de classificação de risco. “Desta forma, não há pacientes desassistidos em nenhuma dessas unidades”, explicou.
A prefeitura explicou ainda que na UPA Piracicamirim a média de atendimento é de 550 pessoas por dia. Até as 17h25 desta segunda-feira, 467 pacientes foram acolhidos na unidade. Na Vila Rezende, a média de atendimento da UPA é de até 530 pessoas por dia. Até as 17h35 desta segunda-feira, 432 pacientes foram atendidos. Já na Vila Sônia, a média de atendimento é de até 550 pessoas por dia e, da zero hora até as 17h45 482 pacientes foram acolhidos na unidade. Na UPA Vila Cristina, a média de atendimento é de até 680 pessoas por dia e, da zero hora até as 17h45 desta segunda-feira, 600 pacientes foram acolhidos na unidade.
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