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21 de maio de 2024

ADEUS, IRMÃ DULCE

Irmã Dulce Hirata ajudou a criar memorial religioso e casa que acolhe crianças no Vale

Religiosa e ex-diretora do Instituto São José, irmã Dulce Hirata morreu aos 80 anos, na segunda-feira; ela era entusiasta das obras ligadas à congregação de Maria Auxiliadora

Por Da redação
São José dos Campos

17/04/2024 - Tempo de leitura: 2 min

Reprodução

Irmã Dulce Hirata

Irmã Dulce Hirata era uma entusiasta das obras das Filhas de Maria Auxiliadora, congregação religiosa que chegou ao Brasil em 1892. Elas fazem parte da obra fundada por São João Bosco e cofundada por Santa Maria Mazzarello. No Vale do Paraíba, irmã Dulce foi curadora do Memorial das Filhas de Maria Auxiliadora no Brasil, inaugurado em Guaratinguetá em março de 2019.

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Ela também contribuiu para a Casa Betânia, obra social ligada à Inspetoria Nossa Senhora Aparecida, da qual a religiosa era membro. A Casa atende diariamente crianças e adolescente de 6 a 15 anos, em Guaratinguetá, por meio de projetos e atividades socioassistenciais, culturais e esportivas, que “traduzem a vivência concreta do Sistema Preventivo de São João Bosco”.

“A gente queira ser bons cristãos e honestos cidadãos”, disse a religiosa sobre o sistema criado pelo santo. Ela dirigiu também, por mais de uma década, o Instituto São José, entre a década de 1980 e o ano de 2003. Trata-se de um dos mais tradicionais colégios de São José dos Campos, que completa 98 anos em 2024.

Irmã Dulce morreu aos 80 anos na segunda-feira (15). A causa da morte não foi divulgada. Após velório e missa de corpo presente, no Instituto São José, o corpo da religiosa foi sepultado no Cemitério Municipal Padre Rodolfo Komorek, nesta terça-feira (16).

INSPIRAÇÃO

Em março do ano passado, durante visita à Casa Betânia em Guaratinguetá, irmã Dulce conversou com as crianças e jovens atendidos pela instituição e compartilhou uma história inspiradora.

“Dom Bosco, em certa ocasião, adquiriu equipamentos avançados de impressão e os levou para uma feira de ciências e tecnologia”, contou a religiosa.

“Muitos questionaram a decisão de colocar tanta tecnologia nas mãos daquela juventude, mas Dom Bosco sabia o que fazia. Ele decidiu doar aquelas ferramentas como instrumento de profissionalização.”

“Ao conhecermos essa história, sentimos que estávamos trilhando o caminho certo”, disse Tobias Henrique, coordenador de projetos da Casa Betânia, na ocasião da visita de irmã Dulce.

MISSIONÁRIA

Apaixonada pela educação, irmã Dulce também se envolveu com trabalhos marcantes no Instituto São José, como o chamado PEM (Projeto de Espiritualidade Missionária), que recepcionava irmãs salesianas da América Latina, como argentinas, chilenas e uruguaias. Foi irmã Dulce quem promoveu o primeiro encontro do PEM no Brasil.

Em São José dos Campos, durante a acolhida das salesianas latino-americanas, a religiosa falou sobre o projeto, comparando-o a uma grande árvore.

“Para que uma grande árvore continue dando frutos e se desenvolvendo, é de extrema importância que as suas raízes estejam sãs. Numa Congregação grande como a nossa, temos que cuidar de nossas raízes, para cada vez mais, colhermos bons frutos e lindas flores”, afirmou.