A perda de um animal de estimação pode ser uma das experiências mais dolorosas que um humano pode enfrentar. Para muitas pessoas, os pets são mais do que simples animais de companhia; eles se tornam membros queridos e inseparáveis da família. Quando esses companheiros peludos partem, deixam um vazio profundo que pode ser difícil de preencher. Portanto, quando eles morrem, é natural que os tutores questionem sobre a vida após a morte, assim como quando perdemos algum ente querido.
Mas será que animais têm alma e vão para o céu? Na visão do catolicismo, os animais têm uma "alma" finita, ou seja, que não possui transcendência, diferentemente do ser humano, que possui uma alma imortal por ter sido criado à imagem e semelhança de Deus eterno. “Como parte da maravilhosa Criação de Deus, cujo cuidado foi confiado à humanidade, os animais já bendizem e glorificam ao Senhor simplesmente por sua existência, por serem o que são e como são neste mundo. Assim, por sua própria natureza, durante sua vida, eles podem ser oportunidades para o ser humano em busca de uma vida mais santa e de intimidade com Deus, através do devido respeito e do carinho com os animais e com toda a Criação”, disse a assessoria de comunicação da Diocese de Piracicaba.
A igreja católica também afirma que é a fé em Deus e a oração são o apoio e o sustento espiritual para o cristão. “No caso da perda de animais de estimação e mesmo diante da morte daqueles utilizados para o trabalho (tração) ou dos que servem de alimento, o católico pode rezar a Deus agradecendo pela existência dessas criaturas e pela presença delas em nossa caminhada na Terra”, completou.
Já o evangelismo, segundo o evangélico e teólogo Manoel Fernandes Furlan, as crenças também seguem os ensinamentos da Bíblia, sem a existência de vida após a morte em relação aos pets. Neste caso, durante a perda, é oferecido um apoio com base no sentimento de quem sofre a perda. “É oferecido apoio na verdade do coração de cada um. E isso deve sempre ser respeitado. Os pets são companheiros diários e possuem um amor incondicional”, contou.
Pai Ronaldo de Xangô comenta que a visão da umbanda é diferente. “Para a Umbanda todos os animais reencarnam. Após a morte do animal, ele "ainda fica um tempo perto do dono até o desapego afetivo e alguns reencarnam rápido”, enfatiza. “Quando nós amamos o nosso animal e dedicamos a ele sentimentos sinceros, ao partir, os guias de umbanda o trazem de volta para que não sintamos sua falta até que possamos superar a perda”, completou.
Com crenças semelhantes, o espírita Wilson R. Garcia explica que após a morte do animal, sua alma é classificada e encaminhada para uma nova encarnação, quase que imediatamente, portanto, não existe nos planos espirituais, almas de animais de estimação desencarnados que se relacionem entre si. “Existem Espíritos encarregados desta tarefa, que cuidam de encaminhar a alma dos animais para suas novas existências materiais que o conduzirá, fatalmente a um processo de humanização”, disse. “O conhecimento da continuidade da vida dos animais após a morte do corpo físico é um grande consolo para o Espírita. É reconfortante saber que o coração que deixou de bater, liberta a alma que será encaminhada naquele instante a um novo nascimento”, finaliza.
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