23 de dezembro de 2024
SECA

Com pouca chuva em Piracicaba, período de seca é adiantado

Por Roberto Gardinalli | roberto.gardinalli@jpjornal.com.br
| Tempo de leitura: 3 min
Arquivo/JP

O Consórcio PCJ anunciou que vai antecipar a chamada “Operação Estiagem” do consórcio, que dá acesso aos municípios e empresas associados à situação das bacias hídricas dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí. A decisão foi tomada em reunião do Conselho de Associados, e foi definida por conta do nível baixo de chuvas que caíram na região.

Segundo o boletim hidrológico divulgado pelo consórcio, o mês de fevereiro teve uma queda de 8,8% do volume de chuvas e indicou tendência de queda no mês de março. De acordo com os dados do Saisp (Serviço de Alerta de Inundações do Estado de São Paulo), o volume de chuvas no rio Corumbataí, onde Piracicaba capta água, em fevereiro de 2024 foi 30,9% menor em comparação ao mesmo período de 2023. Os dados do mês de março ainda não estão disponíveis. Ainda segundo o Saisp, nesta segunda-feira (18), a vazão do rio Corumbataí estava em 65,04 metros cúbicos por segundo, nível considerado normal. Segundo o Saisp, na madrugada de segunda-feira foi registrada uma chuva de 39 milímetros na região da captação de água. Segundo o Consórcio PCJ, Piracicaba tem outorga para captação de água até que o Corumbataí atinja vazão máxima de 2 metros cúbicos por segundo.

Saiba mais

A quantidade de chuvas também caiu no rio Piracicaba. Segundo o relatório do Saisp, em fevereiro de 2024 choveu 119,5 milímetros no manancial, contra 176,75 milímetros no mesmo período de 2023. A redução foi de 32%. Com relação a janeiro, em 2024, o total de chuvas no rio Piracicaba foi de 118,75%, enquanto que em 2023, o total foi de 315,75%, uma redução de 62,3%.

ABASTECIMENTO
A prefeitura de Piracicaba informou que vai lançar ainda em março uma licitação para a contratação de um estudo de viabilidade técnica, econômica e ambiental para a construção de uma barragem na região do rio Corumbataí para garantir a segurança hídrica do município. No dia 28 de fevereiro, o prefeito Luciano Almeida (PP), afirmou em um podcast que “não dá mais para não planejar, é necessário realizar ações como esta, caso contrário faltará água para as próximas gerações”.

“Esse estudo vai dimensionar a quantidade de água a ser armazenada por meio de balanço entre disponibilidade hídrica e demanda pela água; determinar o melhor posicionamento de barramento por meio de estudos de alternativas; elaborar os estudos que subsidiem o licenciamento ambiental da barragem; apresentar procedimentos e exigências técnicas para a construção do barramento dentro das normas legais; elaborar estudos preliminares de viabilidade, elaborar anteprojeto e elaborar projeto básico”, citou a prefeitura em nota.

No podcast, Almeida afirmou que “essa questão de fazer a captação de fio d’água, não ter represamento, está com os dias contados a acabar. Você não sabe o que vai acontecer nos anos futuros. Você vai tendo um crescimento da população, que vai usando o manancial e cada vez menos vai ter disponibilização hídrica, então, só tem um caminho que é partir para o represamento”, afirmou.

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