25 de dezembro de 2024
ARTIGO

Negociação: competência cada vez mais importante!


| Tempo de leitura: 3 min

Considerada uma das principais softskills, saber negociar é um diferencial significativo, principalmente num mundo cada vez mais globalizado, complexo e conflituoso. 

Mas, se você não se considera um bom negociador ou acha que não tem talento para negociar, saiba que isso tem solução, pois competência é o que você pode aprender e desenvolver e negociação é uma competência!

Negociamos desde que nascemos até o final de nossa vida. Antes mesmo de você falar, já negociava! Nossos “berros” – ainda bebês – já denunciavam nosso potencial negociador...

Mas é preciso desmistificar um pouco este termo, que normalmente é vinculado ao mundo corporativo. Lógico que, numa empresa, ser um bom negociador é fator preponderante para bons resultados. Entretanto, na vida pessoal, esse diferencial também tem enorme peso.

Até pouco tempo atrás, os requisitos básicos para ser considerado um bom negociador eram os chamados “conhecimentos técnicos” e os treinamentos eram mais direcionados a funcionários ou candidatos a funcionários de empresas. Atualmente e, cada dia mais, outras preocupações e necessidades estão sendo incorporados ao tema como verdadeiros alicerces, a exemplo da Inteligência Emocional. 

Se você acompanhar de perto o mundo corporativo, verá que um dos principais motivos de demissão (em qualquer nível ou hierarquia) não é prioritariamente a deficiência técnica ou acadêmica, mas, sim a deficiência emocional e comportamental.

Na verdade, um bom negociador sabe, antes de tudo, a importância de negociar bem consigo mesmo, mesmo porque a inteligência da negociação moderna é o ganha-ganha. Contudo, para negociar bem consigo mesmo, é imprescindível o autoconhecimento, que gera o autodomínio e o consequente autocontrole. Conclui-se facilmente que ninguém tem sucesso em uma negociação sem considerar estes requisitos: emocionais!

Pais, Escolas, Empresas, Instituições e Governo deveriam se atentar mais neste tema tão estratégico que estamos abordando. Precisamos alfabetizar, ensinar Matemática, Português, Geografia, Medicina, Direito, Marketing e tantas outras disciplinas e assuntos que lotam Universidades e Cursos, bem como exigir capacitação acadêmica e técnica dos candidatos a empregos públicos e privados e treiná-los. Entretanto, também precisamos ensinar a todos - desde cedo - o valor e os benefícios de ser um bom negociador, além da base de todas as softskills: a Inteligência Emocional. Precisamos ensinar as pessoas a pensar antes de agir, a entenderem a importância do respeito ao próximo e aos limites, aos princípios da dignidade e da honestidade; a gerenciarem suas emoções e comportamentos. Precisamos de pessoas que valorizem mais o que o dinheiro não compra.

Mudar o que precisa ser mudado está em nossas mãos!

É importante entender que nada vai mudar no país, em cada um de nós ou em qualquer lugar, enquanto não aprendermos a negociar bem e inicialmente conosco mesmos. Esta é a base para saber negociar com as outras pessoas e com o mundo. E só se torna um negociador de excelência – na vida pessoal ou profissional – quem entende e pratica a inteligência emocional.

Mas é claro que essa sabedoria não se adquire de um dia para o outro. É preciso coragem para mergulhar nesta busca tão maravilhosa e recompensadora. 

--------------

Os artigos publicados no Jornal de Piracicaba não refletem, necessariamente, a opinião do veículo. Os textos são de responsabilidade de seus respectivos autores.