O prefeito Luciano Almeida informou ao Consórcio PCJ que iniciou estudos para construção de uma barragem em Piracicaba para que a cidade tenha "mais segurança hídrica". A informação foi divulgada nesta segunda-feira (4) pela assessoria de comunicação do Consórcio.
“Não dá mais para não planejar, é necessário realizar ações como esta, caso contrário faltará água para as próximas gerações”, disse, durante gravação de uma entrevista para um podcast realizado pelo PCJ. O episódio foi ao ar no último dia 28 de fevereiro. Luciano é vice-presidente de Ampliação de Disponibilidade Hídrica do Consórcio, além de Presidente dos Comitês PCJ.
Na gravação, o prefeito informa: "Para nós é um desafio. Essa questão de fazer a captação de fio d’água, não ter represamento, está com os dias contados a acabar. Você não sabe o que vai acontecer nos anos futuros. Você vai tendo um crescimento da população, que vai usando o manancial e cada vez menos vai ter disponibilização hídrica, então, só tem um caminho que é partir para o represamento. A gente dentro do comitê já está discutindo uma represa na região de Analândia, o PCJ está fazendo um estudo, e nós estamos iniciando um estudo para fazer um represamento também no município de Piracicaba, para que a gente garanta que, nessas épocas de estresses hídricos, tenhamos um volume que dê condições de suportar dois, três meses de falta d’água se tiver dificuldades nesse abastecimento. Esse é o caminho, e é o que a gente está fazendo na região de Campinas, na represa de Pedreira, e a gente sabe que é esse o caminho. Se não fizer o represamento, não vamos garantir o abastecimento de água no futuro para os municípios da nossa região", declarou.
O prefeito de Piracicaba diz ainda na entrevista que alguns locais para receber a barragem já estão sendo mapeados. "Nós já fizemos alguns mapeamentos desses locais de reservação. Não estou falando de represas enormes, são lagos maiores. Porque você fala isso e já começam ‘nossa, vai inundar’, não, são pequenas áreas, você apenas amplia a calha do rio naquele ponto e consegue criar uma capacidade de reservação. São pequenas intervenções, mas que daria um volume suficiente para esse período de estresse hídrico que, infelizmente, com essas mudanças climáticas, são cada vez mais extremos. Então, não dá mais para não planejar. Tem que fazer isso porque, senão, vai faltar água no futuro para as próximas gerações", completou.
Luciano não deu mais detalhes e nem falou sobre esses locais em estudo.
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