Apesar da baixa vazão e do nível com mais de um metro abaixo da média histórica do mês, o Rio Piracicaba ainda pode ser fatal e nadar ou mergulhar no manancial é assumir um risco alto de afogamento. O alerta é do tenente Lucas Sendin, do Corpo de Bombeiros de Piracicaba, posto da avenida Independência.
No fim de dezembro, dois homens morreram afogados no trecho urbano do Rio de Piracicaba. Os casos evidenciam os perigos do local. Há poços profundos e com visibilidade quase zero. Dessa forma, as buscas por vítimas de afogamento é feita praticamente pelo tato, o que dificulta ainda mais o resgate.
“O Rio Piracicaba tem características que geram riscos. Tem muitas pedras, madeiras e lixo que foram se acumulando no decorrer do tempo e isso gera risco para a pessoa se enroscar e também para o próprio bombeiro que faz pesquisas e as buscas, tanto por vidas como pelos corpos”, disse. De acordo com o tenente, os locais de maior profundidade também apresentam condição de refluxo. “São pontos submersos que apresentam risco”, explica.
Ele afirma que esses locais já são conhecidos pelo Corpo de Bombeiros. “São os locais onde a gente realiza as buscas quando há afogamentos. Um dos bolsões fica nas proximidades da Ponte Estaiada, um pouco mais abaixo, outro pouco acima, na altura da Casa do Povoador, locais próximos onde o pessoal costuma entrar na água”, diz. Ele alerta que não é possível identificar esses bolsões de profundidade olhando pela superfície do rio. “Pelo lado de fora não dá para identificar. Nós temos o conhecimento devido à quantidade de ocorrências que já atendemos nesses pontos do rio e já temos essa parte mapeada pelos nossos mergulhadores”, afirma. Segundo o tenente, a visibilidade dificulta o trabalho de resgate. “Em geral, principalmente em rio que têm correnteza e até mesmo represa, a visibilidade fica de 10 centímetros a 20 centímetros da face do bombeiro. Então, a gente considera que é sem visibilidade e realizamos tudo no tato”, afirma.
Nesta época do ano, o Corpo de Bombeiros realiza a Operação Verão. Por isso há uma série de recomendações para evitar acidentes. “A gente reforça a parte de prevenção nas praias, represas e rios”, disse.
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