Nós nascemos com um potencial infinito de realização. Porém, à medida que vamos sendo educados, durante a infância e adolescência, perdemos a rota original de nossa própria existência. Deixamos de fazer aquilo que nos realiza e passamos a agir em função dos outros: pais, professores, e depois de toda a sociedade. Nosso objetivo de vida nos é imposto e passamos a condicionar nosso sucesso ao aplauso das pessoas que nos cercam e para continuar merecendo essa aprovação, progressivamente abandonamos nossas vocações e passamos a realizar os desejos alheios.
A maioria das pessoas vive para ser admirada por uma multidão de olhos vorazes que, muito provavelmente, não se cruzarão mais. Quando elas param para perceber o rumo dado a suas vidas, percebem que apenas colecionaram cupons que não servem para nada. Entende isso?
Quem consegue realizar as metas de sua alma é verdadeiramente feliz e desperta admiração dos outros, exatamente por sua integridade como pessoa. Já quem vive para ser admirado sempre será infeliz, porque está deixando de lado o compromisso consigo mesmo. Não é possível ser feliz valorizando mais a opinião dos outros do que seus próprios sentimentos. Algumas pessoas se sentem infelizes, mas pensam que se os outros estão aplaudindo é porque ela está no caminho certo, ledo engano, pois ele avança cada dia mais em suas frustrações.
Entenda bem uma coisa, você é mais importante do que qualquer julgamento alheio, então viva para surpreender a si mesmo e não aos outros.
Infelicidade é desperdiçar a vida acumulando desperdícios. A grande maioria das pessoas costuma jogar fora as oportunidades. Não conseguem aproveitar o tempo, não valorizam o amor, não desenvolvem a capacidade criativa. Falam muito em desperdícios materiais e esquecem que o pior de todos é o desperdício da vida.
A maioria das pessoas passa pelas oportunidades sem perceber e sem dar atenção. Muitas se arrependem por não ter se dedicado ao grande amor de suas vidas e outras por terem jogado fora grandes oportunidades profissionais. Quem se propõe apenas a acumular dinheiro perde a oportunidade nesta vida de conviver com os filhos, com a pessoa amada e consigo mesmo.
Outros desperdiçam suas vidas colecionando bobagens. Grandes coleções de sapatos nunca usados, roupas, projetos engavetados, relações sem afeto, centenas de livros não lidos, cursos inacabados, casas de praia abandonadas e amores frustrados. Quantas pessoas você conhece que se encaixam neste perfil?
Essas quinquilharias ocupam o espaço reservado a novas criações e elas consomem a energia necessária para que você não construa coisas novas. Ficando remoendo o passado, lamentando o que poderia ter sido feito e não foi, desviando sua atenção do presente, onde as coisas realmente acontecem. A vida acontece somente no aqui e no agora. Por exemplo, quando nós sofremos uma desilusão amorosa, está frustração ocupa o espaço de um novo amor. Enquanto se poderia estar aberto a um novo amor, a pessoa insiste em ficar presa na desilusão, no Ego ferido e no sofrimento. Seria tão mais leve soltar, aceitar e seguir em frente.
Acredito que durante a pandemia, tivemos a oportunidade de olhar para estas questões com um novo olhar. Um olhar sem exageros, focado somente no que realmente é essencial para nossas vidas. E vamos ser bem sinceros, o que é essencial, além de amor, saúde, alimento e moradia. Luxo é distração, é olhar para fora, tentando maquiar o que não gostamos dentro de nós. Porque desperdiçarmos esta vida com tantas futilidades se podemos ser essência.
Meu convite hoje é para que você desperte para a vida e não desperdice seu tempo com nada mais que não seja essencial. A vida é tão linda! Vem viver!!! Deixe o passado no passado!
Com carinho, Fabiane Fischer.
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