Quem anda de carro pelas ruas de Piracicaba poderá se deparar, a qualquer momento, com a Sofia Ladalardo Etchegaray, ou simplesmente a Sofia “Bamboleta”. Piracicabana, essa jovem artista de 25 anos vive atualmente em Salvador, na Bahia, onde faz faculdade de Dança. A cada seis meses, porém, ela vem à Noiva da Colina para visitar a família e aproveita o tempo para mostrar suas habilidades pelas ruas da cidade.
“Eu trabalho nos semáforos. Costumo ficar nas proximidades da Rua do Porto, mas estou sempre investigando outros lugares. Em Salvador, onde eu moro atualmente, também trabalho nos bairros”, conta a artista, “flagrada” pela reportagem do JP fazendo apresentações na rua Moraes Barros, na região central da cidade.
Ela conta que seu objetivo é levar um pouco de alegria para todos, mas principalmente para os que vivem o estresse do dia a dia. “O mais gostoso é ver uma pessoa com a cara fechada, mas nesse tempo de um minuto [por que o intuito é trazer alegria], a gente percebe sair um sorriso do rosto dela. O sorriso é talvez a maior moeda de troca para a gente”, relata.
“Bamboleta” diz também que tem uma conexão especial com os pequenos que estão nos carros. Quando veem a artista, eles, em geral, amam as apresentações e dão um “feedback” muito positivo e emocionante com suas reações, conta Sofia. “As crianças ficam hipnotizadas o tempo todo”, garante.
Para Sofia, trabalhar na rua tem seus prós e contras. “Sendo mulher, sempre tem o agravante do patriarcado, então tem muitos assédios e é importante criar mecanismo de barreira, porque eles não vão deixar de acontecer. Essa é a maior violência”, diz. “Fora isso, as trocas são muito positivas. As pessoas nos recebem bem; aqui em Piracicaba, principalmente”, assegura.
TRUPE E UNIVERSIDADE
Sofia “Bamboleta” conta que faz parte do Celina Circus, uma trupe circense itinerante, sediada em Salvador-BA, e que roda várias cidades do país. “Em breve estaremos aqui de volta em Piracicaba”, garante.
A trupe tem cinco anos de existência e faz um trabalho muito importante com crianças em vulnerabilidade social por meio de oficinas de circo. Atualmente, o Celina Circus está sediado na comunidade Vila Brandão, na capital baiana.
Sofia reside na Bahia, onde faz graduação em Dança na Universidade Federal da Bahia. “Estou fazendo também o curso técnico que tem na Fundação Cultural, no Pelourinho. Estou me formando bailarina”, diz, orgulhosa.
Especificamente com o bambolê, ela começou há três anos, ainda no início da pandemia. “Eu trabalho também com dança, então eu busco misturar as duas modalidades artísticas nas minhas apresentações. E agora a palhaçaria, outro elemento do circo estou tentando trazer também para as apresentações de bambolê”, finalizou.
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