14 de dezembro de 2025
VULNERABILIDADE

Coletivo Ecofeminista Revolução das Flores da Esalq/USP faz ações na comunidade Renascer

Por Ronaldo Castilho | ronaldo.castilho@jpjornal.com.br
| Tempo de leitura: 2 min
Alessandro Maschio/JP
Alunas da Esalq/USP com moradores da comunidade Renascer, na hora comunitária

Ana Clara Dellariva Jacintho, aluno do 3º semestre do curso de Ciências dos Alimentos da Esalq/USP é uma das integrantes do Coletivo Ecofeminista das Flores. “É um desafio lidar com a realidade que as pessoas em vulnerabilidade vivem, temos vários obstáculos até conseguir concretizar todos os objetivos do nosso coletivo”, explicou. O Coletivo Ecofeminista Revolução das Flores é formado por alunas e ex-alunas dos cursos de Gestão Ambiental, Ciências dos Alimentos e Engenharia Florestal, que tem como propósito combater a desigualdade social e de gênero por meio da educação.

O coletivo tem a sua atuação em destaque na comunidade Renascer, onde levam absorventes ecológicos, e também fizeram e cuidam juntamente com a população de uma hora comunitária, com plantações de produtos de hortifrúti que poderão ser utilizados para uma alimentação balanceada evitando que uma mulher possa ficar menstruada mais tempo do que é previsto devido a uma alimentação inadequada. “Existem mulheres na comunidade que ficam aproximadamente 20 dias menstruadas devido a má alimentação, então pobreza menstrual não é somente a falta de absorventes, mas também uma alimentação que não seja equilibrada, o organismo sente falta de alguns nutrientes, deixando a mulher vulnerável e capaz de menstruar mais dias do que o previsto”, explicou Laura Iglecias Lemos, aluna do 5º semestre de Gestão Ambiental da Esalq/USP.

Segundo Dara Amorim, integrante do coletivo a pobreza menstrual vai além da falta de absorventes. “A pobreza é uma questão multidimensional, a pobreza menstrual é uma das dimensões da pobreza que precisa ser levada em consideração para garantia dos direitos humanos dos milhares de pessoas no Brasil que menstruam, e vivenciando esse projeto cada dia mais descobrimos o que é a pobreza menstrual e como ela vai muito além da falta de absorventes, percebemos assim a quantidade de pessoas que menstruam que se encontram em vulnerabilidade”.

A líder comunitária da comunidade Renascer, Juliana Garcia de Oliveira, ressaltou a importância do trabalho do Coletivo Ecofeminista Revolução das Flores na comunidade. “É um projeto maravilhoso, no qual vai nos ajudar daqui um tempo na nossa colheita, tanto para trazer o alimento para nossa casa, quanto mais para frente a comercialização desses produtos, para que possamos comprar um leite, pão para a comunidade, é projeto de extrema importância e estamos demais de ansiosas para que fique pronto bem rápido”, disse empolgada.

“A comunidade recebeu com muita gratidão e alegria esse projeto das meninas da Esalq, também tem o projeto da pobreza menstrual, onde as meninas explicam para as mulheres da comunidade, principalmente para as pessoas que não sabem a questão dos cuidados femininos, traz também os absorventes ecológicos, é projeto que não pode faltar, e que tem que expandir para mais comunidades, que também sente a necessidade e a falta desse apoio”, finalizou.

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